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Esquilo ou Caxinguelê e Serelepe ou colugo

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Hoje vamos falar sobre o Esquilo.

Embora bastante parecidos, são espécies diferentes.

O esquilo (também conhecido como caxinguelê) é um mamífero da Ordem Rodentia (mamíferos roedores), enquanto o Serelepe (também conhecido como colugo ou lêmure voador) é na verdade um mamífero marsupial da família Falangerídeos.

Veja abaixo, as semelhanças e as diferenças entre essas duas espécies.

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Esquilo ou Caxinguelê

Embora grande parte do comportamento animal seja instintivo, há vários exemplos de animais com capacidade de pensar e aprender com os outros.

Quando o objetivo é pegar uma noz, o esquilo está preparado para lidar com qualquer problema de modo prático.

Os zoólogos que estudam esquilos selvagens lhes apresentam as mais difíceis tarefas, como ultrapassar mais de vinte obstáculos para alcançar comida.

Cada obstáculo tem um problema a ser solucionado, como mover uma alavanca para abrir um portão, balançar-se em fios finos, andar em uma gangorra ou puxar um cordão que mantém uma noz suspensa.

Mas a disposição do esquilo para enfrentar desafios não significa que ele seja imprudente. Um esquilo comendo pára várias vezes a fim e ver se há cães, gatos ou gaviões próximos.

Sua precaução é instintiva, mas suas reações são frequentemente baseadas na razão. Ele sempre avalia o risco de ser pego até decidir se vai comer migalhas por ali ou se vai levá-las de volta para a segurança da árvore.

O esquilo cinzento voltou para a segurança de um galho elevado para comeras sementes de uma pinha.

Apesar de ter encontrado a pinha no chão, comê-la ali significaria ficar à mercê de predadores.

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Em uma experiência, uns esquilos ganharam biscoitos, que eles não enterraram no chão, e suas reações foram observadas.

Quando estavam perto das árvores, os esquilos imediatamente comiam todos os pedaços que lhes davam.

Quando estavam longe das árvores, eles comiam logo os pedaços menores e carregavam os maiores para as árvores.

Estas decisões envolvem considerar o risco de predadores contra o benefício de comer logo.

Em cativeiro, o caxinguelê é carinhoso, amigo do dono e limpíssimo. Mas com gente desconhecida não é nada amável.

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Nos campos da América do norte, os esquilos terrestres alimentam-se de dia de sementes e flores mas, se uma águia sobrevoar o local, eles correm para suas tocas.

Mas as tocas dos esquilos não são muito seguras.

As cascavéis caçam nos túneis depois que escurece e, na Califórnia, os filhotes de esquilo são parte fundamental de sua dieta.

Mas, mesmo naquele espaço apertado, as mamães esquilo enfrentam a cobra em defesa de seus filhotes.

Os esquilos terrestres sabem distinguir as cobras através de seus chocalhos.

O som do chocalho muda de acordo com o calor e a vivacidade da cobra, o som do chocalhodas cobras maiores é mais grave.

Se, pelo som, a cobra parecer apática ou pequena, o esquilo a enfrenta com ferocidade e a expulsa da toca.

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No Brasil, os esquilos são arborícolas e têm muitos nomes, o principal é caxinguelê.

Acutipuru quer dizer cutia emprestada.

Assim é que os índios chamavam o nosso caxinguelê. Parecer mesmo com a cutia, só os caxinguelês maiores parecem. Mas a cauda é sempre uma graça de enfeite e ajuda muito o bichinho a se equilibrar nas árvores e a fazer sinais para os companheiros.

De noite, ainda pode servir de cobertor. De dia, póde servir de guarda-sol.

Caxinguelê passa o dia nas árvores. Pula, salta, faz acrobacias. Não pára.

De vez em  quando, dá umas dêcidinhas, de cabeça para baixo. E sobe correndo outra vez.

Dorme cedo, todo encolhido, com a cauda em cima da cabeça.

Parece que gostai muito de um sono gostoso. Por isso os caboclos da Amazônia chamam o acutipuru de mãe-do-sono e pedem a ele para ajudar a ninar as criancinhas.

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Em locais de grande visitação, como parques, onde os esquilos têm muito contato com humanos, podem perder o medo e aprontar traquinagens, atrás de comida.

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Na mata a gente nem tem tempo de ver o caxinguelê direito.

Muito desconfiado e muito rápido, ele desaparece, dando gritinhos de reclamação, logo que descobre a gente.

Mas, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, por exemplo, você consegue ver, uma vez ou outra, caxinguelês de perto.

No Jardim Botânico eles não são perseguidos e ficaram menos desconfiados. Mas se você chegar perto demais, eles somem rapidinho.

Coquinhos, amêndoas de sapucaia, castanhas-do-pará são das comidas prediletas do  caxinguelê. Mas ele também come  insetos e ovos de passarinho.

Com as unhas afiadas, sabe se agarrar até em paus redondos e lisos. E abre buraquinhos quadrados no taquaraçu (espécie de bambu), para procurar lagartas e água.

Gostam de enterrar sementes. Enterram e esquecem às vezes onde enterraram. As sementes esquecidas crescem e viram árvores.

Quase todos os caxinguelês são alegres e barulhentos. Os olhos espertos, arregalados, parece que estão prestando sempre atenção a tudo.

O Caxinguelê ouve muito bem.

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Os filhotes nascem cegos e passam as primeiras seis semanas na toca.

Caxinguelê faz seu ninho com folhas ou aproveita um oco de árvore.

E mamãe-caxinguelê é muito cuidadosa com os bebês. Esconde os filhotes tão escondidos que a gente custa a enxergar um caxinguelê-nenen.

Serelepe ou Colugo, o marsupial voador

Classe: Mamíferos Ordem: Marsupiais Família: Falangerídeos Espécie: Petaurus breviceps

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 arte de voar permite que certos mamíferos aumentem suas áreas de alimentação e evitem caçadores no solo.
Os voadores marsupiais voam de árvore em árvore para se alimentarem de frutas, folhas e insetos.
Usando seu rabo como leme, pode voar até 90m de uma vez.
Os maiores tendem a cair abruptamente, sem controle, devido ao seu peso; mas as espécies menores conseguem manobrar para evitar obstáculos.
No final do “voo”, o animal chega num tronco de árvore, fazendo barulho ao aterrissar. Fotografias em câmara lenta revelam que a aterrissagem é bem pouco sofisticada; na verdade, o voador bate com força na árvore. Mas para não ser ricocheteado pelo impacto, agarra-se com as grandes garras que tem no quarto e quinto dedos.

Embora muitas vezes confundido com esquilos voadores devido ao seu design biológico similar, voadores phalangers são realmente marsupiais que evoluíram suas membranas peludas independentemente de esquilos.
Algumas espécies, como o planador do açúcar, se tornaram populares animais de estimação exóticos.

Como a maioria dos marsupiais do mundo, voadores phalangers só podem ser encontrados na Austrália e Nova Guiné, onde a maioria deles também estão ameaçados de extinção.

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As duas espécies dos popularmente chamados de lêmures-voadores, são parecidas com esquilos-voadores.

O colugo é um animal de porte médio que vive em árvores no sudeste da Ásia.

Aparece sempre a noite para alimentar-se de folhas e frutos.

As patas são longas e ligadas à cauda por uma membrana que se chama patágio, que lhe permite planar.

Olhando rapidamente, seu formato quase quadrado pode fazer com que seja confundido com uma pipa.

São capazes de planar por dezenas de metros de cada vez.

As fêmeas normalmente saltam com seu filhote agarrado às costas.

Faz ninhos em ocos de árvores e algumas espécies fazem ninhos com trama de raminhos e folhas,mel, resinas e outros alimentos adocicados.

Os maiores serelepes-marsupiais chegam a medir meio metro de comprimento (incluíndo a cauda).

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Os serelepes-marsupiais defendem como território seu uma área imaginária que lhes circunda o corpo.

Quando um deles está num galho, este passa a integrar seu território e nenhum outro bicho é aí admitido.

Por causa dessas disputas territoriais, frequentemente acontece dois serelepes se engalfinharem com tanta fúria que acabam caindo os dois ao chão.

Mas a luta continua no solo, até que o mais fraco consiga escapar.

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Por volta de junho-julho, as fêmeas fazem seus ninhos.

Quando nascem, as crias do serelepe-marsupial são do tamanho de moscas.
Nascem um ou dois filhotes por vez.

Durante semanas ficarão mamando dentro da bolsa materna. Quando estiverem prontos, pouco a pouco vão saindo, em passeios cada vez mais demorados pelo corpo da mãe.

Quando se aproxima o desmame e começam a comer, ainda acompanham a mãe, de uma árvore para outra.

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Em repouso durante o dia todo, o serelepe-marsupial começa a inquietar-se à medida que começa a anoitecer.

À noite já está bem ativo, à cata de frutas, resinas, néctar de flores, folhas aromáticas de eucalipto, ou algum inseto que encontre pelo caminho.

Também pode se alimentar de pequenos animais, vivos ou de carcaças.

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