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Elefantes e Aloás

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As fêmeas e os machos elefantes jovens vivem num grupo coeso, onde geralmente todos os animais são parentes próximos.

Se houver carência de alimento, o grupo subdivide-se em grupos menores.

O elefante é para a terra aquilo que a baleia é para o mar: o maior bicho conhecido.

Por que a baleia é maior quê o elefante? Porque na água qualquer bicho perde muito peso. Se a baleia tivesse de viver em terra firme, mesmo dotada de pernas tão fortes quanto as do elefante, teria muita dificuldade em mover-se. Seu peso fora da água é muito grande.

Os elefantes são bichos cujo tamanho está próximo ao máximo que um animal terrestre pode possuir.

 

Quando se fala dos grandes dinossauros do passado, em geral não se diz que eram animais que passavam sua vida mergulhados em lagos e pântanos, isto é, na água.

Monstros maiores que o elefante, exclusivamente terrestres, eram raros.

Reuniões de elefantes são íntimas

Uma reunião de uma família de elefantes é um ritual barulhento, com barridos, roncos, agitação de orelhas e afagos mútuos com as trombas.

Mas em geral a separação é breve e, quando os elefantes se reúnem novamente, as saudações resumem-se em apenas alguns roncos.

Se a separação for longa há uma cerimônia completa de boas-vindas.

 

Pôr do sol característico da África (lindo), com dois elefantes fassando no horizonte.

Uma cena linda, embora não seja uma boa ideia se aproximar muito de elefantes selvagens, principalmente de uma fêmea com filhote.

 

Nascimento

A reprodução do elefante é sexuada e vivípara.

A hora do parto.

Ao lado um elefantinho nascendo.

Essa coisa branca saindo da Aloá é a bolsa fetal, onde o elefantinho passou 22 meses, antes de nascer.

O elefantinho está saindo da elefanta, dentro desta bolsa branca.

Depois úe quase dois anos no útero materno, o filhote de elefante nasce.

Maior de todos os mamíferos terrestres, o elefante também é o mamífero com o maior período de gestação — 22 meses.

O parto da aloá é sempre acompanhado pelas outras aloás, que a auxiliam e ao bebê elefante.

O dramático nascimento de um filhote de 115kg é geralmente assistido por uma ou duas outras fêmeas da manada, geralmente as irmãs mais velhas, que agem como “parteiras” e companhia para a mãe durante o parto.

O papel principal dessas auxiliares é proteger a mãe de um ataque de leões, mas elas já foram vistas ajudando a saída do feto, puxando-o delicadamente com a tromba.

 

A mãe ou suas companheiras “parteiras” removem delicadamente a bolsa fetal e colocam o elefantínho de pé.

Ele é dirigido para as tetas da mãe, onde bebe sua primeira dose de leite, utilizando sua boca e não a tromba.

Na foto ao lado, as aloás (fêmeas de elefante) ajudam a retirar a bolsa fetal do bebê elefante.

Com frequência, é uma das parteiras que põe o filhote de pé e ajuda-o a livra-se da membrana fetal. Mas essa não é a contribuição mais importante das parteiras.

Talvez sua função principal seja confortar a mãe no momento cansativo do parto. Durante o nascimento, que leva cerca de 15 minutos, as ajudantes delicadamente acariciam a mãe com as trombas.

 

Quando a fêmea está prestes a dar à luz, ela e as irmãs ou outras companheiras afastam-se da manada, buscando a privacidade de um grupo de árvores ou mata próxima da água.

Quando retornam à manada, uma ou duas horas depois, o filhote já vem cambaleando entre elas, que o apoiam e protegem.

Essas parteiras também têm o papel de limpá-los das membranas fetais.

Para dar à luz, a mãe sustenta-se nas quatro patas e o filhote cai de cabeça no chão.

A queda rompe o cordão umbilical, que supriu o feto de nutrientes oriundos da corrente sanguínea da mãe, e fez a retirada dos resíduos ao longo de seu desenvolvimento.

O elefantinho será amamentado pelos próximos três anos, ou mais.

Banho de lama

A coceira persistente de carrapatos e numerosos outros parasites mantém o elefante sempre ocupado: esfrega-secontra as árvores, passa galhos ásperos no dorso, ou cobre de poeira as partes que alcança, para não ser picado.

A ducha refrescante alivia o calor e, ao mesmo tempo, suaviza o incomodo das picadas de insetos (a pele é grossa, mas a camada superior é muito sensível).

Depois do banho, o elefante rola no barro que, ao secar, dará alguma proteção contra parasitas.

 

Aprendendo a tomar água

Alguns animais simplesmente não foram feitos para beber água. O elefante supera esse problema sugando a água com a tromba e espirrando-a dentro da boca.

A tromba cheia de um elefante adulto comporta mais de quatro litros e meio de água e ele precisa beber de 85 a 110 litros por dia. Os elefantes bebês, até aprenderem a dominar essa técnica, lambem a água desajeitadamente com a língua.

Um filhote de elefante de três anos leva a tromba cheia d’água à boca; um ano antes, ele não teria conseguido fazer isso.

Sais minerais

Embora os animais obtenham toda a sua energia dos alimentos que ingerem, ainda assim podem ter carência de vitaminas e minerais, que precisam ser procurados em outros lugares.

Para alguns elefantes da África, as cinzas vulcânicas fornecem os sais que são um complemento alimentar essencial.

Esses elefantes habitam uma região montanhosa na fronteira do Quenia com a Uganda, onde as chuvas fortes lavam os minerais do solo.

Para balancear sua dieta eles vão às cavernas do monte Elgon que no passado foi um vulcão ativo, onde existem rochas ricas em minerais formadas por cinzas e fragmentos de rochas vulcânicas.

 

Dentro da caverna (como na foto acima) eles farejam o ar para detectar os locais onde encontrarão uma boa quantidade de sais minerais.

Com suas presas, retiram pedaços da parede e os mastigam lentamente.

A tromba

Os antepassados do elefante não tinham tromba. Tinham apenas um focinho comum, talvez bastante móvel, como o do porco ou o do tapir.

Ao longo de milhões de anos esse focinho foi ficando maior e sua mobilidade aumentando, até que os elefantes adquiriram aquele órgão flexível e fortíssimo que, além de nariz, serve-lhes também de mão: a tromba.

Com ele tanto podem erguer grandes pesos e derrubar árvores, como apanhar uma frutinha “no chão ou arrancar um capim. O “serviço pesado” fica a cargo dos fortes músculos da tromba. Os serviços delicados são executados com sua ponta, que tem tanta sensibilidade tátil quanto as pontas de nossos dedos.

A tromba é para o elefante o mesmo que o rabo para o macaco, que o usa como “quinto braço”, com o qual se agarra aos galhos das árvores. Ambas – cauda e tromba – são órgãos preênseis (isto é, servem para prender e segurar), mas desenvolveram-se do aperfeiçoamento de órgãos diferentes, um a partir do focinho, outro a partir do rabo.

Para alcançar as folhas mais altas, o elefante equilibra-se sobre as patas traseiras. Ou, então, encosta a cabeçorra na árvore e a derruba com empurrões.

 

Cumprimento familiar

Mesmo após poucas horas de ausência, elefantes de um mesmo grupo cumprimentam-se com roncos carinhosos.

Após vários dias de separação, os encontros são barulhentos e exaltados, com barridos, afagos e agitação de orelhas.

Ao lado elefantes se cumprimentando.

 

Dizem as más linguas que o elefante é o único animal com 4 joelhos, mas isto não deve ser verdade….rs

 

Elefantes protegem os mais fracos

Os elefantes africanos machos adultos levam uma vida solitária; sua sociedade gira em torno das fêmeas, que vivem em grupos permanentes compostos de elementos aparentados e seus filhotes.

Essas pequenas manadas representam uma frente fantástica contra a maioria das ameaças.

Só o tamanho dos elefantes adultos já os torna praticamente invulneráveis aos ataques de leões e outros carnívoros grandes.

Apenas os filhotes correm perigo e, mesmo assim, os leões só conseguem matar um elefante jovem saudável se conseguirem separá-lo do grupo principal.

Diante do perigo, os elefantes formam um semicírculo defensivo, onde os filhotes ficam bem protegidos entre as fêmeas adultas.

Mas, às vezes, eles atacam furiosamente assim que vêem ou sentem cheiro de um leão. Nessas ocasiões, um único elefante é capaz de perseguir vários leões, matando qualquer filhote que não tenha conseguido escapar.

 

Um grupo de elefantes irá quase sempre parar para examinar e tocar a carcaça de um elefante morto, retirando e transportando ossos e presas até os arbustos, ou apenas movendo-os com suas presas.

Eles dão muita importância aos ossos em volta da boca, talvez porque sejam a parte mais usada para fazer saudações durante a vida, e às presas, que pouco mudam com a morte.

Se um filhote de elefante está doente ou machucado, a família se junta para protegê-lo.

 

 

Uma mãe pode ficar com seu filhote morto por algum tempo, afugentando predadores e, até mesmo, carregando o corpo em suas pressas.

Elas também sofrem, e demonstram isso muito bem.

 

Testosterona

Os elefantes adultos machos da África e da índia geralmente vivem sozinhos ou em pequenos grupos, porém longe das fêmeas.

Os machos jovens disputam o domínio que, depois de estabelecido, permanece ao longo da vida.

Durante dois ou três meses ao ano, o adulto macho torna-se extremamente agressivo e desenvolve uma secreção nas glândulas das têmporas, à medida que a testosterona (hormônio masculino) aumenta no seu sangue.

Este estágio é conhecido por musa, e foi percebido pela primeira vez nos elefantes indianos (essa palavra origina-se de “bêbado”, em urdu).

O ruído que o macho emite durante esse cio é um dos sons mais altos produzido pelos elefantes e anuncia seu estado sexual para as fêmeas e avisa aos outros machos para se afastarem.

O macho no cio pode subir na hierarquia e vencer competições com outros machos que normalmente o dominariam.

Mas, no final do cio, eles perdem completamente a energia e a força e necessitam de tempo para recuperá-las.

 

Você talvez já tenha visto um elefante no circo, orelhas e presas pequenas, às vezes sem elas, um bicho pardo e pacato.

Não se engane. Elefante de circo é indiano, mais fácil de domesticar.

O elefante africano é cinzento, feroz (só o homem o caça) e maior em tudo, principalmente nas orelhas. Mede uns 4 metros de altura e pesa umas 6 toneladas. As presas (em média, de 1 metro) chegam a medir 3 metros e a pesar uns 100 quilos cada.

Ferido ou ameaçado, em pânico ou meramente com sede, o elefante é uma das mais perigosas feras do mundo. A tromba, as presas e as patas descomunais vão abrindo uma trilha de catástrofe. Atrás de si, por onde passou, o elefante deixa destroços de árvores, cadáveres de bichos e de gente, terror e devastação.

 

 

Um jato de água indica ao rinoceronte que o elefante não aceita a presença de estranhos em seu bebedouro.

Embora costume reagir irritado contra qualquer provocação, neste caso o rinoceronte cede terreno.