Ordem: Escamados
Família: Helodermatídeos
Espécie: Heloderma suspectum
O monstro-do-gila cava sua toca entre raízes ou, mais comumente, entre pedras ou na base de cactos. Daí, sai farejando o terreno com a língua, como fazem as cobras, atrás do rastro de alguma presa, principalmente répteis.
Diante da cobra, ele fica imóvel, o corpo grosso de meio metro aparentemente paralisado.
Depois vem o bote veloz e o monstro-do-gila crava seus dentes na presa e mantém-se grudado a ela por alguns minutos, até que o inimigo morra envenenado.
O efeito do seu veneno é parecido com o da peçonha da cascavel, embora mais suave.
Outra diferença: as cobras venenosas, quando picam, fazem pressão contra as bolsas de veneno da base das presas e, com isso, injetam rapidamente seu veneno.
Mas com esse lagarto o mecanismo é outro: o veneno escorre por sulcos dos dentes de trás e vai impregnando a ferida devagar.
Por isso, quando morde, o monstro-do-gila mantém as mandíbulas cerradas sobre a ferida, para inocular dose maior. Para o homem, raramente essa mordida pode ser mortal.
Embora lento em seus movimentos, o mostro-do-gila é hábil trepador, capaz de escalar árvores em busca de ninhos de aves: ovos são sua comida predileta.
Os filhotes do monstro-do-gila — cinco a doze em cada ninhada — nascem depois de um mês de incubação, já venenosos e dispostos a abocanhar insetos.
Para capturar um lagarto desses, basta fustigá-lo com um bastão: ele aí ferra os dentes e não larga.
A tarântula, aranha peçonhenta que habita o mesmo ambiente do lagarto, jamais o enfrenta: sai correndo.
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