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Cobras e Serpentes

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As serpentes são répteis poiquilotérmicos ( sem patas), parentes dos lagartos.
Todas as serpentes são carnívoras, e comem pequenos animais, avesovos , lagartosinsetos e até outras cobras.
As cobras são surdas.

Como as serpentes não têm pernas, e têm olhos rudimentares…elas parecem ter evoluído de lagartos subterrãneos.

Os filhotes, quando nascem, já têm veneno e podem viver sozinhos. Ovo de cobra, em geral (não é como o de galinha, duro) é macio e mole.

As serpentes não possuem relações sociais, somente na época de acasalamento macho e fêmea se encontram, e os filhotes vivem sozinhos des do nascimento (não existe cuidado paternal).

Não existe convivência familiar.
Você nunca vai ver alguém dizendo: “Olha, ali vai uma família de cobras.”

A Alimentação das cobras

As cobras não mastigam, elas possuem uma mandíbula flexível, que pode ser “desencaixada” quando necessário.

Elas também tem articulações no crânio que possibilitam abrir a boca o suficiente para engolir a presa inteira.

Algumas cobras têm veneno para matar as suas presas antes de as comerem.
Outras matam as suas presas esmagando-as.

Digestão das cobras

As cobras ficam quietas, quando fazem a digestão.
A digestão nas cobras é uma atividade intensa, principalmente porque ela ingere os animais inteiros. É tanto que a temperatura da cobra, que é geralmente fria, sobe até 6 graus acima da temperatura ambiente.

Se ela se sentir ameaçada logo após arefeição, normalmente irá vomitar a presa para tentar fugir.

Continue lendo sobre cobras em geral…  ou veja abaixo algumas das principais espécies:

 

cara da anaconda vista de perto

Anaconda

anaconda ou sucuri é uma grande serpente, que pode ter até 10 metros de comprimento.

sucuri é a maior serpente do mundo e pode viver até 30 anos.

a cobra bicuda é verde

Bicuda

cobra bicuda é fininha, com cerca de 2 cm de espessura e 1,5 a 2 m de comprimento. A cauda é longa e delicada.
A cabeça é pontudo, bicuda. A boca é grande quase do tamanho da cabeça
.

cobra cabeça de cobre

Cabeça-de-cobre

É uma típica comedora de ratos, capaz de desferir botes vigorosos para se defender.

 Foto de cascavelem posição de ataque

Cascavel

Serpente peçonhenta

Apesar de ser responsável por menos de 10% dos casos de picada de cobra, no Brasil, a cascavel é a cobra que mais mata.

cobra-cipó entre os galhos

Cobra-cipó

Serpente diurna, não peçonhenta, terrestre, cuja dieta é baseada em pequenos mamíferos, aves, anfíbios e lagartos.

coral verdadeira

Coral

coral é a cobra brasileira com veneno mais potente, semelhante ao da naja.

cobra d'água

Cobra d’água

Cobra-d’água é a designação comum a diversas espécies de serpentes aquáticas.

Possui corpo verde lustroso, escamas orladas de preto e partes inferiores amarelas. Também é chamada de trairaboia.

 

cobra-do-milho

Cobra do milho

As cobras-do-milho não vivem apenas em campos de milho, mas também em campos abertos, margens de estradas e muros velhos.

Jararaca Ilhoa

Jararaca

Nos estados do sul e sudeste do Brasil, a Jararaca é a serpente que mais causa acidentes.

cobra preparando o bote

Naja

Naja é uma das serpentes mais perigosas da Terra.

um close

Piton

Piton e uma serpente de grande porte, sem peçonha.

suaçuboia em um galho

Suaçuboia

Corallus enydris também conhecida como Suaçubóia, cobra-de-veado, jararaca-do-oco.

pronta para dar o bote

Surucucu

Surucucu é a maior cobra peçonhenta da América do Sul.

urutu

Urutu

Alguns exemplares de Urutu apresentam, na cabeça, um desenho branco em forma de cruz e por isso é conhecida também como Urutu Cruzeiro.

a jiboia se esconde na mata

Jibóia

Jiboia tem comportamento pouco agressivo.
Mata suas presas por constrição.

vibora cornuta

Víbora

Vibora é um termo usado para as serpentes que pertencem a famílias dos viperideos.

A maioria das víboras são peçonhentas.

Caninana

Cobra Caninana

A cobra caninana é muito agressiva, e quando incomodada, ergue a parte anterior do corpo, infla o pescoço como mostra a foto ao lado, e ataca, dando botes, e até perseguindo sua presa ou seu agressor.

representação de como seria a visão de calor

Visão de calor

Com a extremidade do focinho, as  cobras podem detectar luz infravermelha. Os seres humanos sentem a luz infravermelha como um calor que emana de todos os corpos vivos,mas não conseguem vê-la como as cobras e outros animais.

A cobra usa seus sensores para distinguir a diferença de temperatura entre um animal e o meio ambiente, mesmo que essa diferença seja menos que um grau.

Ao lado, como a cobra “veria” o rato, com suas céluas sensitivas de calor.

Cobra mamba verde
As células sensitivas da cobra ao calor enviam sinais à mesma parte do cérebro que os olhos, produzindo uma imagem que é uma combinação de informações visuais e térmicas.

Os sensores também informam à cobra a distância da presa e a direção para a qual ela está se movendo.

Quando a cascavel mostra as presas para atacar, seus olhos e sensores não apontam mais para a presa, e ela fica cega. Mas um sensor extra de calor, localizado dentro da boca, garante-lhe que sua mordida fatal está corretamente direcionada.

Além disso, as cobras podem captar as vibrações de movimento, através do solo.

Na foto ao lado uma Mamba verde.

cobra preparando o bote

Posição de ataque – Bote

Ela enrola o corpo para dar firmeza e poder levantar a cabeça, a cabeça se levanta balançando um pouco, quase como um pêndulo de cabeça pra baixo.

O pescoço fica um pouco curvo, e a lingua se move rapidamente…

O bote está armado. Sai de perto!

O bote é tão rápido e certeiro que às vezes alcança até um passarinho voando.

Ao lado uma Naja.

piton de boca branca

Para as serpentes, paladar e olfato são a mesma coisa

A cobra cheira sentindo o “gosto” do ar, esticando para fora sua língua bifurcada e depois colocando a ponta da língua no palato da boca, nas cavidades duplas conhecidas como órgão de Jacobson. Essas cavidades são forradas de pêlos muito finos, que captam as mensagens químicas e enviam-nas diretamente ao cérebro da cobra.

Ao contrário dos mamíferos, as serpentes não têm os sentidos de paladar e olfato separados. Os mamíferos usam o nariz para analisar a química transportada pelo ar e a língua para analisar as substâncias que absorvem pela boca. Mas o que é muito diferente para nós mamíferos (gosto e cheiro) é igual para alguns animais.

Em uma substância de cheiro forte, as substâncias químicas evaporam facilmente e ficam no ar em grandes concentrações. Em uma substância de cheiro fraco, as substâncias quase não evaporam, e por isso ficam poucos rastros químicos no ar.

Na foto ao lado, uma Piton.

Cobra CoralEscamas

A pele das cobras é coberta por escamas.
As escamas do corpo podem ser lisas ou granulares.
As suas pálpebras são escamas transparentes que estão sempre fechadas. Por isso as cobras nunca piscam.

As cobras trocam de pele periodicamente (muda).

Nas duas fotos abaixo escamas em estado normal, e distendidas (direita) pois a cobra teve que distender sua pele para poder engolir o almoço.

Na foto ao lado, uma cobra coral.

escamas de cobra amarela listradaescamas distendidas

dente do ovo

Cobras que serram a casca para nascer

Os ovos de cobra (e de outros répteis) são envolvidos por uma casca protetora mole mas muito resistente, e sair de lá de dentro não é muito fácil.

Para abrir o caminho através da casca, as cobrinhas possuem uma ferramenta especial, o dente do ovo, que é geralmente chato e muito afiado.

O filhote usa o dente como uma serra, balançando a cabeça de um lado para outro até cortar uma fenda na casca.

Logo depois que a cobrinha sai da casca, o dente do ovo cai.

Os bebês de tartarugas e crocodilos não têm o dente do ovo, mas têm um tipo de chifre, na ponta do focinho, que também serve para ajudar a sair do ovo, e que também cai quando conseguem sair do ovo.

ovos de cobra

Os ovos de cobra tem a casca mole, como os da foto ao lado (com algumas poucas excessões).

Os répteis em geral preferem um clima quente com temperaturas que façam os ovos chocarem sozinhos (as mamães cobras não costumam chocar seus ovos). Mas existem répteis em florestas tropicais e também em lugares mais frios, e muitas espécies encontram diferentes soluções para incubar os ovos.

ovos de répteisA cobra de grama da Europa põe os ovos em pilhas de mato podre. O calor gerado pela decomposição química das plantas é ideal para os ovos.
Mas  existem fungos e as bactérias em excesso, e é necessária alguma proteção contra eles para que os filhotes sobrevivam dentro do ovo.
Por isso essa é uma das poucas cobras que tem ovos com casca dura.

As cobras podem ser ovíparas, ovovivíparas e em alguns casos vivíparas.

Extraindo veneno da cobra

Soro antiofídico

Para produzir o soro  antiofídico – o antídoto contra o veneno da cobra – usa-se o próprio veneno da cobra.

Pra cada veneno, existe o tipo certo de soro.

Veja como isso funciona

anatomia da cobra

Na imagem ao lado, os órgãos principais das serpentes, e suas funções.

O pulmão esquerdo é apenas vestigial e, em algumas cobras, nem existe. Apenas o pulmão direito funciona.

A maioria dos órgão que são pares (rim por exemplo), estão colocados um mais a frente outro mais atrás, fugindo da bilateralidade presente na maioria dos animais.

cobra fingindo de morta
cobra fingindo de mortaCobras que se fingem de mortas para os inimigos

Algumas cobras, quando ameaçadas, fingem-se de mortas. Deitam-se de barriga para cima , com o maxilar caído, a língua pra fora pendurada, a barriga para cima e a expressão de morta. Parecem mesmo mortas.

A representação mais perfeita é a da cobra da mata das Índias Ocidentais. Quando ameaçada, essa cobrinha enrola-se, fica dura como se fosse um cadáver.
E solta um cheiro podre, de carne em decomposição
Os olhos ficam vermelhos de sangue, e até pinga sangue da boca dela.

A menos que o predador seja um urubu, essa cena toda faz qualquer predador desistir.

cobra planando entre as árvoresCobras Voadoras

Existe cinco espécie de cobras voadoras (ou planadoras). Pertencem ao gênero Crysopelea e vivem nas florestas tropicais da Ásia. Apesar de ser chamada de cobra voadora, na verdade ela plana de árvore em árvore.

A cobra voadora sobe pela casca das árvores para caçar (geralmente lagartos) agarrada à árvore com as largas escamas da parte inferior do corpo. Quando ela muda de árvore, corre por um galho e pula para a outra árvore.
Quando começa a cair, a cobra molda seu corpo em uma espécie de calha virada de cabeça para baixo, e ondula o corpo em espirais. Dessa forma, consegue deslizar no ar, embora sem controle.

Algumas cobras de árvore conseguem achatar-se, deixando seus corpos côncavos. A aerodinâmica do seu movimento de deslizamento é semelhante ao de um disco, e pode voar por até 100 metros.
Sua capacidade de vôo é tão única que recentemente atraiu o interesse de físicos que querem entender como essas serpentes pode deslizar através do ar.

Algumas cobras têm sido observadas fazendo voltas em ângulo de 90 graus ao deslizar.

jararaca arbórea
Cobras brasileiras

Existe a lenda de que praticamente todas as cobras amazônicas são terríveis e venerosas. Não é verdade. Na América do Sul inteira existem cerca de 350 espécies de cobras. E, dentre elas apenas oitenta, ou pouco mais, são efetivamente peçonhentas (como, por exemplo, as trinta espécies conhecidas de cobras-corais). Na floresta parecem bem raras as serpentes, especialmente aquelas venenosas.

surucucu-pico-de-jaca, a mais perigosa delas, não é exclusiva da floresta tropical. Distribui-se da América Central ao Estado do Rio de Janeiro, onde houver uma mata densa. Outro perigo amazônico, a cascavel, prefere ao contrário os campos abertos, jamais adentra as áreas de sombra, e igualmente se espalha por quase todo o país. Um destaque da Amazônia é a belíssima jararaca-arbórea, toda verde com listras douradas, encontrável também em trechos de mata atlântica.

Junto aos regatos e aos igarapés, habitam as gigantescas jibóias e sucuris, enrodilhadas en galhos de árvore e sempre à espera de uma presa, que pode ser um pequeno preá ou um porcodo mato. Apesar de se alimentarem apenas de animais de sangue quente, as jibóias e sucuris não têm preferências especiais por seres humanos.

Na foto ao lado uma jararaca Arbórea.

 

Principais serpentes Peçonhentas do Brasil

Micrurus – Coral(Micrurus Corallinus)

Gênero Lanchesis – Surucucu

Gênero Crotalus – cascavel

Gênero Porthidium – jararaca

Serpentes não peçonhentas do Brasil

Anilidae – Coral Falsa(Anilius Scytale)

Anomalepididae – Cobra cega (Liotyphlops Beui)

Colubridae – Cobra CipóCaninana, Boipeva, Cobra d’Água, dormideira, muçuarana, boiubu, bicuda, parelheira e outras corais falsas.

Boidae – Jiboiasucurisuacuboia, salamanta

Cobra enganando o sapo com o rabo

Enganado o sapo com a cauda

Balançar a cauda é a técnica usada pela trigonocéfala (leste dos Estados Unidos).

Ela se esconde entre as rochas e as folhas secas, deixando de fora somente a cauda amarela que se parece com uma minhoca.

Enquanto desliza pelo solo, apenas a cauda balançante fica visível.

Qualquer pequeno animal, inclusive um sapo como na foto ao lado, que tente pegar a “minhoca” acaba sendo almoço da cobra.

namoro de cobras

Namoro entre as cobras de listras amarelas

Talvez um bom título fosse “Festa das cobras” (pra ser light…rsrs).

Essas cobras listradas que vivem no Canadá e hibernam durante 6 meses de frio, mesmo sem se alimentar  cuidam de se reproduzir antes.

Os machos ficam perto das tocas esperando as fêmeas.
Quando elas aparecem, a média é de cinco mil machos para uma fêmea.
Elas se embolam em árvores, em grupos de mais ou menos 100 machos todos tentando acasalar com a fêmea.
Apenas um dos pretendentes consegue acasalar pois, quando ele acasala, solta uma secreção dura que impede que os outros machos penetrem a fêmea.

Ao mesmo tempo, a fêmea muda de cheiro (antes atrativo) e os machos partem em busca de outras fêmeas para poder acasalar.
cobras emboladas tentando acasalar com uma fêmealistras das cobras

cobras emboladas caindo pelos morrosacasalamento de cobras listradas amarelascabeça de cobra amarela listrada

cobra vivipara

Cobras vivíparas de clima frio dão à luz aos seus filhotes

Vivendo em climas mais quentes, as cobras geralmente botam ovos.

Mesmo nas cobras vivíparas, os embriões desenvolvem-se em ovos, só que eles se abrem dentro do corpo da mãe.

A cobra sem veneno, comum da América do Norte, é uma das poucas espécies de cobras em que bebês são mesmo alimentados pelo corpo da mãe.

Na foto ao lado, veja uma cobra vivípara nascendo.

Parto de uma cobra vivípara

Mesmo no verão, as temperaturas no sul do Canadá caem para 15ºC, temperatura insuficiente para incubar os ovos.

As aves chocam ovos com o calor do seu corpo, mas as cobras têm sangue friol e a grande maioria não pode produzir calor suficiente para chocar os ovos fora do corpo.

Agestação da cobra é de três meses, e as fêmeas dão à luz cerca de 80 filhotes. Depois de nascidos, eles vivem por conta própria.

mamba negraMamba negra, tem este nome por causa da sua boca, preta na parte interna

Mamba Negra

Assim como as víboras europeias, as mambas africanas pretas machos também competem por acasalamento, tentando empurrar a cabeça do rival contra o chão.

As mambas pretas podem chegar até 4m de comprimento, são rápidas e peçonhentas.

O nome mamba-negra é porque sua boca é preta por dentro.

 

cobra cuspideira

 

Cobra cuspideira

A cobra cuspideira de Moçambique pode mirar seu veneno com incrível precisão nos olhos do inimigo a uma distância de 3m ou mais.

Quando o veneno atinge os olhos da vítima, provoca uma forte ardência e pode até causar cegueira temporária.

Na foto ao lado uma cobra cuspideira.

Abaixo uma cobra rateira, comum na America do Sul.

Cobra rateira

serpente num galho de árvorecobra em um galho seco de árvorecobra amarelalíngua de cobra é bifurcadacobra comendo um pássaroserpente de frentecobra arborícolacobra na rua

a famosa cobra papa-pinto

Muito temida por criadores de frangos, essa é a cobra Papa-pinto, que não apresenta peçonha, nem comportamento agressivo…mas pode acabar com uma ninhada de pintinhos em alguns dias.

Salamanta

Ao lado a Salamanta

Salamanta

Epicrates Cenchria Crassus
família: Boidae

Compr.max 1m (3 feets)

Não peçonhenta

Alimenta-se de roedores

Apresenta dentição áglifa

Tem hábito noturno

Vive no cerrado

dormideira

 

Na foto ao lado, a cobra dormideira.

 

Ao lado, a Caissaca.

Imagem ilustrativa da lenda do tanque de Lages

A lenda da serpente do tanque de Lages (SC)

O parque Jonas Ramos, carinhosamente chamado de Tanque, antigamente era o local onde as mulheres da região vinham lavar a roupa.

Conta a história que sendo solteira, uma moça deu a luz ali mesmo, e para esconder o fato (na época ter filho estando solteira era mais do que um crime), ela jogou o bebê no tanque.

A lenda diz que o bebê virou uma serpente e que falou:

– Quando a trepadeira cobrir a cruz e a Nossa Senhora tirar o pé da cabeça da serpente, eu voltarei para engolir a cidade.

Ok, vamos aos fatos:

A Igreja Santa Cruz, em Lages, possui numa redoma de vidro, uma cruz do Monge João Maria de Agostinho, em que brotou um raminho, depois de estar seca por muitos anos, e mesmo sem água ele continua crescendo, lentamente.

A Catedral de Lages tem uma imagem de Nossa Senhora, pisando na cabeça de uma cobra.
Acontece que, já há uns 10 anos atrás, a imagem está rachada, exatamente entre o pé da santa e a cabeça da serpente.

E aí? Não é um pouquinho de coicidência demais???