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Um Olhar Sobre a Teoria do Macaco Aquático

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Macaco aquático, Hydropithèque ou Hydropithecus, isso é bobagem, dizem alguns, cheios de si e donos da verdade.

E talvez estejam certos, mas não concordam que a menor dúvida deve ser investigada?
E ainda não foi encontrado um fóssil que nos ligue definitivamente aos macacos, ainda falta o tal “elo perdido”.

Por que somos os únicos primatas sem pelos?

Mamíferos sem pelo vivem a maior parte do tempo na água salgada, como baleiagolfinho, manati…
e recentemente foram encontrados fósseis que indicam que elefantes e rinocerontes tiveram ancestrais aquáticos.

Aliás eu sempre achei que aquela tromba devia servir muito bem como snorkel 🙂
Nem todo mamífero aquático é pelado, mas todo mamífero que perdeu os pelos viveu por gerações na água….pode não viver mais mas seus ancestrais viveram.

Todos os grandes primatas são capazes de andar eretos por curtos espaços de tempo, mas a única ocasião em que todos eles fazem isso, é quando caminham dentro da água.

A camada de gordura sob a pele, que nós humanos temos, é uma característica principalmente de mamíferos aquáticos, como as baleias e outros mamíferos marinhos.

O controle da respiração nos humanos é bem maior do que em outros primatas, assim como nos mamíferos e aves aquáticas.

Os bebês humanos demoram quase 1 ano pra andar eretos (como adultos) enquanto os macacos ja nascem andando como adultos…os outros mamíferos terrestres também.
Mas os bebês humanos já nascem sabendo nadar instintivamente, quando acompanhados e apoiados por adultos, fato facilmente comprovado em partos aquáticos.

Mas não é apenas nadar, muitos filhotes nadam ainda muito novinhos, mas de modo desageitado. Os bebê humanos instintivamente nadam do modo mais eficiente para o nosso corpo.

Aliás, Igor Charkovsky, médico russo que reinventou o parto aquático na nossa era (havaianos e egípcios já faziam isso), agora faz o parto com a ajuda de golfinhos selvagens. As mães relatam calma e ausência de dor (!).

As crianças nascidas com a ajuda de golfinhos, demonstram desenvolvimento bem acima da média.

O nosso ouvido compensa a pressão conforme a profundidade do mergulho, e ouvimos melhor na água. Quem já mergulhou abaixo de 15m sabe do que eu estou falando.

Os seres humanos têm uma reputação baixa quando se fala em audição – enquanto os cães podem ouvir frequências de até 45.000 hertz e os morcegos até 110 mil, nós paramos em meros 20.000 hertz.

Exceto, é claro, quando estamos embaixo d’água – nós desbloqueamos a capacidade de ouvir até impressionantes 200.000 hertz, que é mais do que uma baleia beluga.

Normalmente, os humanos ouvem através de um processo chamado condução de ar, em que ondas de pressão sonora perturbam o ar e o lançam envolvendo nosso canal auditivo, tímpano e a cóclea. No entanto, os pesquisadores da Marinha dos EUA descobriram que, quando não há ar para ser perturbado, o som pula o ouvido médio e ressoa através da mastóide, que é o osso atrás da orelha direita. Este processo é chamado de condução óssea, e já existem aparelhos auditivos e fones de ouvido que o utilizam.

Isto significa que, debaixo d’água, todos nós assumimos a capacidade de ouvir um novo mundo de sons agudos que você nunca sequer tinha conhecimento.

Enxergamos na água (sem máscara) e o olho se adapta facilmente, diminuindo a iris para minimizar a distorção.

Com a parada voluntária da ventilação (não respirar dentro da água), seguida do aumento progressivo da pressão externa à medida que se mergulha mais para o fundo, ocorrem modificações na distribuição do volume de sangue pelas regiões do corpo, como diminuição do débito cardíaco, e vasoconstrição periférica. Essas modificações priorizam o funcionamento do sistema nervoso central, o coração e os pulmões.

Abaixo um vídeo (em duas partes) que eu gosto muito, pois além de conhecimento Elaine Morgan tinha muito bom humor.