O macaco-verde (Cercopithecus sabaeus) é uma espécie de macaco da família dos cercopitecídeos que vive nas savanas no Oeste africano e possue o corpo cinza-esverdeado e cauda amarela.
Não se joga conversa fora nas comunidades dos macacos-verdes
Bicando alimento numa área arborizada do prado africano, o macaco-verde localiza o leopardo que se aproxima. Solta um grito alto de alarme e seu bando todo corre para as árvores.
Mais tarde um deles vê outro predador perigoso, uma águia, pairando acima. O macaco emite um som diferente, uma espécie de cacarejo, e o bando olha para cima e desce correndo para esconder-se no mato.
Quando um vê uma jibóia emite um som de tom agudo. Todos param, erguem-se sobre as pernas traseiras e vasculham o terreno à procura do perigo.
Os gritos de alarme dos macacos-verde são tão específicos que cada um transmite uma ação evasiva diferente (e conveniente). Os jovens têm de aprender a usar e interpretar corretamente essas advertências, mas logo depois passam a dominar palavras-chave da linguagem da sobrevivência.
Para confundir os pais
A timidez das fêmeas dos macacos-verdes pode ter-se desenvolvido para gerar dúvidas sobre a paternidade entre os machos do grupo. Em várias espécies de primatas os machos mais velhos às vezes tratam os filhotes que não são seus com muita agressividade. Alguns chegam a matar os filhotes que não foram gerados por eles. A fêmea do macaco-veludo evita esse tipo de manifestação, pondo em Jogo de adivinhação. Entre os macacos-verdes, as fêmeas não fornecem qualquer pists de que estão no cio. Portanto, os machos não sabem quais são os seus filhotes.
Em um bando de macacos-verdes, quase todas as fêmeas são parentes, e os jovens machos, quando chegam à maturidade — em torno dos cinco anos de idade — partem em busca de novos bandos. Portanto, é
improvável que eles sejam parentes dos macacos jovens dos bandos aos quais associam-se.
A carícia mútua faz novos amigos e aliados
Entre os primatas e os macacos, a prática de carícias mútuas é mais que um simples método de limpeza — é essencial para promover amizades.
Esses animais vivem em elaborados grupos hierárquicos. Os que têm status mais alto mantêm sua posição e agridem os de padrão mais baixo; mas entre todos eles as carícias mútuas — limpeza do pêlo e retirada de peles mortas ou parasitas — ajudam a consolidar amizades.
Os macacos verdes, que vivem em grandes grupos nas árvores dos prados africanos, em geral só acariciam seus parentes. Às vezes, alguns que não são parentes acariciam-se e tornam-se amigos, ajudando-se mutuamente em horas de dificuldade.
A fêmea verde, perseguida pelo macho jovem, por exemplo, pode pedir ajuda a um parente ou amigo. Os parentes normalmente ajudam-se em quaisquer circunstâncias, mas o que não tiver parentesco só ajuda se o macaco em dificuldade já o tiver acariciado.