Os Lorisídeos assemelham-se aos Tarsídeos pela dentição e pela presença de uma garra no segundo artelho.
As características que identificam os membros desta família são:
• Tamanho pequeno.
• Pelagem fina e cerrada.
• 36 dentes, sendo oito incisivos, quatro caninos, doze pré-molares e doze molares. Os incisivos superiores são de tamanho reduzido e separados uns dos outros.
• Hábitos noctívagos.
Vivem no continente africano e na Ásia meridional. Dentro desta família podemos reconhecer dois grupos de espécies, que se distinguem não apenas por caracteres anatômicos como também pelo comportamento. Alguns primatólogos sugerem, mesmo, a divisão da família em duas.
Os Lorisídeos propriamente ditos distinguem-se por terem os membros do mesmo comprimento, orelhas pequenas, cauda longa e movimentos lentos.
Os outros possuem os membros posteriores muito mais longos, cauda vestigial e são ágeis nos movimentos.
O primeiro grupo é constituído pelas espécies dos gêneros Loris, Nycticebus, Arctocebus e Perodycticus, e, o segundo, pelas do gênero Galago.
A fêmea possui duas mamas peitorais e duas ventrais.
Os olhos são circundados por um anel escuro.
As partes expostas da face e dos membros são cor de carne. A pelagem é densa, de colorido cinza, castanho ou castanho-avermelhado pálido com uma listra dorsal escura.
Habitam as florestas tropicais úmidas, as matas costeiras pantanosas e, no sul da índia e no Ceilão, as matas secas.
Movimentam-se com lentidão, e mantêm-se, geralmente, suspensos pelos pés, de cabeça para baixo, enquanto buscam um outro apoio com as mãos. As articulações dos quadris são extremamente móveis, permitindo que eles se contorçam e adotem posturas estranhas.
Os lóris vivem em pequenos bandos, que passam os dias dormindo em ocos de árvores. Despertam ao anoitecer e partem em busca de alimento. Sua dieta é composta de insetos e pequenos vertebrados.
Raramente descem ao solo. Quando surprendidos ali, por um predador, fogem rapidamente. Distanciam-se o mais que podem, com um andar característico em posição quadrúpede, bamboleando, às vezes dando alguns passos em pé.
Muito sensível à luz do sol, enxerga bem à noite. Seus olhos que, de dia, parecem lâmpadas queimadas, adquirem, na obscuridade, um brilho especial. Possuem notável acuidade auditiva. Agarram aves no ninho e insetos em voo, com um único golpe da mão. Seu repertório vocal é pobre. Esses animais exprimem seus sentimentos por meio de um ligeiro assobio, cuja entonação varia e que se torna mais agudo quando eles estão encolerizados.
O angwantibo (na foto ao lado) é um Lorisídeo africano. Possui hábitos noctívagos e movimentos lentos.
De dia, fica assim enrolado para dormir.
O lórís-preguiçoso
O lóris-preguiçoso goza de má reputação entre os habitantes de Java, talvez pelas singularidades de seu comportamento. Os nativos acreditam que sua presença é presságio de doença, infelicidade, perigo e morte.
Os lóris reproduzem-se duas vezes por ano, e a fêmea dá à luz um ou dois filhotes. As crias permanecem até um ano agarradas à mãe, o que dificulta a determinação da época de reprodução.
Os Lorisídeos destacam-se pelo seu comportamento retraído e pela lentidão de movimentos, no que lembram as preguiças.
São animais pequenos e graciosos. Possuem a cabeça grande e arredondada, membros posteriores mais longos que os anteriores, un e outros delgados, o focinho pontudo e curto, os olhos próximos, com pupilas verticais.
As mãos são menores que os pés, e o polegar e o hálux são oponíveis. O segundo artelho é muito reduzido e armado com uma unha longa, curva e aguçada.
O Lóris é o único macaco que apresenta peçonha. É estranho, mas ele possui uma glândula de veneno no cotovelo.
Quando ele se sente ameaçado, ele leva o cotovelo próximo a boca, para acessar ao veneno se necessário.
mais: aiai, lemure, poto, suricata, sagui, macaco-japonês