Os lemures são conhecidos em Madagascar como “Espíritos das florestas”.
Lemurídeos
Esta família compreende os gêneros Lemur, Hapalemur, Lepilemur, Cheirogaleus, Phaner e Microcebus e um total de 14 espécies e 24 subespécies.
Os antigos romanos denominavam “lêmures” as almas dos defuntos. As boas almas protegiam o lar e a família, enquanto que as “almas penadas” atormentavam os pobres mortais.
São características dos Lemurídeos:
• Corpo de tamanho médio ou pequeno (de 12 a 44 cm).
• Focinho alongado, proeminente.
• Dentição constituída por 36 dentes (32 em Lepilemur) assim dispostos: oito incisivos, quatro caninos, doze pré-molares e doze molares.
• Membros posteriores mais longos que os anteriores.
Os Lemurídeos possuem as orelhas cobertas de pêlos, a cauda longa e pi-losa e, no segundo dedo, uma garra que utilizam, juntamente com os incisivos inferiores, para se pentear.
Todas as espécies vivem na ilha de Madagascar.
Os antigos romanos chamavam os lemures de “Almas dos mortos”
O lemure-mangusto caminha em posição quadrúpede.
Os lêmures não possuem cauda preênsil.
A maioria deles é quadrúpede e, normalmente, corre ou salta por entre os galhos – alguns desses animais mostram uma exímia habilidade para saltar, utilizando a cauda para equilibrar o movimento e as pernas fortes para dar o impulso.Outras espécies, quando descem ao solo, conseguem andar sobre os dois pés e levantam os longos braços para manter o equilíbrio.
Este maqui é um dos Lemurideos mais conhecidos. Sua cauda, anelada de branco e preto, permite identificá-lo. Acostuma-se facilmente ao cativeiro e pode viver mais de 20 anos.
Como em outras espécies de primatas, s mães carregam seus filhotes nas costas.
Os lêmures se movem no solo aos pulos.
Demarcação de território
Os lêmures e outros prossímios se comunicam por meios bem variados, alguns deles até curiosos. Os gritos podem ter diferentes finalidades – servem para se comunicar entre si, alertando sobre a aproximação de predadores, seja pelo solo, seja pelo alto das árvores, e até para marcar território.
A demarcação de território é tão importante para esses animais que algumas espécies dispõem de uma glândula com esporão nos punhos que é acionada toda vez que elas desejam marcar brotos de árvores. Essa atitude mostra a outros representantes que aquele território já tem dono.
Os prossímios são típicos habitantes de florestas. Distribuem-se em diversas regiões dos continentes africano e asiático. Seus hábitos alimentares e sua forma de interação com o ambiente são fundamentais para o equilíbrio do ecossistema, contribuindo para a manutenção da vida vegetal e animal. Porém, o desmatamento em muitas regiões da África e da Ásia tem colocado esses animais em sério risco de extinção.
O lêmure-gentil e o lêmure-de-colar-branco, por exemplo, são dois integrantes que estão na lista dos primatas mais ameaçados de desaparecer da natureza.
O pequeno lemuriano pigmeu Cheirogaleus, pesa apenas 60 gramas.
Maquis
Dentre as cinco espécies do gênero Lemur, comumente conhecidas sob o nome de maquis, uma das mais conhecidas é o mococo (Lemur catta).
Em seu conjunto, os maquis têm a cabeça parecida com a das raposas, com o focinho pontudo e os olhos grandes.
De porte médio, tem as orelhas escondidas em tufos de pêlos, membros bem conformados e de comprimento desigual, mas não tanto quanto os Indrídeos.
Os incisivos superiores são reduzidos, enquanto que os inferiores, aguçados, se implantam quase que horizontalmente.
O crânio, de forma alongada, arredonda-se na região posterior.
De hábitos crepusculares ou diurnos, buscam abrigo no interior das florestas densas. Revelam sua passagem pela mata, em busca de alimento, com gritos agudos, muito característicos.
Preferem caminhar pelos ramos mais grossos e horizontais. Gregários, constituem bandos de até 20 indivíduos. A organização social desses grupos varia de uma espécie para outra, como varia o número de componentes. Todos mostram um comportamento territorial bem marcado. Em geral, mantêm-se nas árvores, mas o mococo passa uma parte do dia no solo.
Todos são vegetarianos e, em especial, frugívoros.
Costumam saudar o pôr-do-sol com um coro de lamentações.
Seus movimentos são ágeis e rápidos. Podem deslocar-se com grande rapidez, parecendo voar por cima das árvores. Podem dar saltos prodigiosos. Perseguidos por cães ou por falcões, buscam esconder-se na folhagem mais densa e deixam ouvir um murmúrio triste. Se percebem que foram descobertos, escapam velozmente.
O lemure mococo macho é totalmente negro, a fême é um pouco mais clara.
Esta espécie distingue-se por várias características anatômicas e pelo seu comportamento.
Mede cerca de 40 cm de comprimento e mais 50 de cauda.
De hábitos diurnos, o mococo prefere os terrenos rochosos e é menos arborícola que seus parentes.
Vive em bandos numerosos, onde há predominância de machos.
Alimenta-se de frutos de certos cactos, cuja casca retira, destramente, com o auxílio dos longos caninos.
Em seu habitat natural não bebe água, contentando-se com a que tem dentro das frutas.
Veja também: Indri, suricata, poto, aiai, sagui, gorlia