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Botos

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Segundo lendas indígenas, o boto se transformaria em homem e seduziria as moças.
Os botos ao no Amazonas, como todos os golfinhos de rio, tem um focinho mais longo que seus parentes marinhos.

Classe: Mamíferos
Ordem: Cetáceos
Família: Platanistídeos

Botos com radares geminados

Eles encontram peixes através da ecolocalização, e obtém informações extras nadando de lado e tocando o fundo do rio com sua nadadeira.

Há botos em muitos dos maiores rios do mundo, dentre os quais o Amazonas e o Ganges. Eles são bem menos sofisticados que seus parentes marinhos, mas utilizam-se da ecolocalização de forma bastante semelhante.

botos
A visibilidade na água doce varia conforme o lugar e a estação, mas, em geral, os olhos do boto são capazes de enxergar a claridade refletida na água.

O susu cego encontrado no rio Ganges na índia, onde a visibilidade é muito ruim em alguns lugares, tem olhos sem cristalino e músculos quase desaparecidos.
O feixe de sons produzidos por um golfinho de rio abre-se num ângulo de cerca de 65°.

Esse feixe sonoro, embora menos intenso que o dos golfinhos do mar, parece ser igualmente sensível.

O susu tem também pontas raras de osso projetadas dos dois lados da cara, que podem perfeitamente ajudar na transmissão e recepção de sons, mais ou menos como um megafone. Ele emite dois feixes sonoros — o segundo projeta-se para baixo e para cima da garganta. Seu pescoço é flexível, como o de todos os botos, e quando ele está investigando um objeto, balança a cabeça, talvez para ligar o ponto cego entre os feixes.

boto

boto2

Depois de oito ou nove meses de gestação, a fêmea do bôto-branco dá à luz um único filhote, que ela amamenta e protege entre as nadadeiras peitorais.

Alguns índios pescam o bôto-branco, embora a carne, o óleo e o couro sejam de qualidade inferior. A maioria, porém, tem receio supersticioso do bicho.

O Sotalia tucuxi é o único bicho, na família dos golfinhos, que apresenta hábitos herbívoros, pois se alimenta também de frutas caídas. Já o Inia geoffroyensis come somente peixes, que localiza com o sonar dos golfinhos.

A emissão de ondas sonoras, para localização de cardumes pelo reconhecimento do eco, compensa a deficiência de visão que o bôto-branco apresenta.

O bôto-branco aparece até a 1.500 quilômetros da foz do Amazonas, solitário, em casais, ou em pequenos bandos de, no máximo, uns sete ou oito indivíduos.

boto boca grande

Na água escura do rio, os vultos cinzentos são quase imperceptíveis, apesar do tamanho. É que seus movimentos bem coordenados fazem os corpos deslizarem com suavidade; como todos os golfinhos, também o bôto-branco é um nadador eficiente, embora menos que seus parentes do mar.

Ainda assim, muitos peixes percebem a aproximação, por causa das vibrações da água que cede à passagem do bôto-branco. Mas, uma vez localizados, os pequenos peixes não tem como escapar à perseguição veloz.
Em pouco tempo, cardumes enormes acabam entre os dentes (100 a 130) do bôto-branco. Até os jacarés parecem temer o bicho, pois nunca o atacam e, segundo afirmam exploradores, evitam cruzar com ele.

Na realidade, porém, um bôto-branco dificilmente poderia superar um jacaré em força ou tamanho (os maiores bôtos-brancos medem uns 3 metros e pesam uns 150 quilos, enquanto um jacaré pode chegar ao dobro desse comprimento).

O Sotalia tucuxi, parente próximo do bôto-branco, e conhecido pelo mesmo nome em vários lugares, mal chega aos 2 metros e aos 60 quilos. E por que bôto-branco, se tanto o Sotalia quanto o Inia são cinzentos? Talvez pelo rosado do ventre ou por causa dos albinos, muito comuns.

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