Alimentação das aves
Algumas aves comem pequenos insetos, outras répteis, peixes, néctar de flores, frutas, pequenos mamíferos, carniça e até outras aves.
Alguns brigam por comida, outros a dividem, alguns caçam, outros encontram e outros ainda roubam de outros caçadores.
A ausência de dentes impede que as aves triturem o alimento na boca, antes de engolir. Esta função é assumida pela moela, uma região do estômago cujas paredes são dotadas de músculos fortes. Na moela os alimentos são triturados e esmagados, ou seja, é realizada a digestão mecânica. Algumas espécies armazenam pedrinhas na moela, que aumentam o atrito e auxiliam na trituração do alimento.
O papo corresponde a uma dilatação da porção posterior do esôfago e serve para armazenar, temporariamente, o alimento coletado. Quando estão com filhotes, as aves podem armazenar alimento no papo para transportá-lo até o ninho e alimentar a prole.
Tirando o ferrão da abelha para comer
O pequeno comedor de abelhas arco-iris australiano (na foto ao lado) pega as abelhas em pleno vôo, ziguezagueando.
O comedor de abelhas leva a caça para uma árvore, tira o ferrão e remove seu veneno, esfregando a abelha contra a madeira e depois a engole inteira.
As abelhas são o seu alimento principal (por isso o nome), mas eles também comem vespas e libélulas.
mais sobre o comedor de abelhas
Comidinha pronta
Os flamingos alimentam os filhotes com algas, camarões e pequenas criaturas, mas quando a distância do ninho é muito grande, eles engolem a comida e vomitam parcialmente digerido, em forma de sopa, na boca dos filhos (e acreditem…eles adoram).
A fêmea do beija-flor guarda o nectar em uma bolsa antes de digeri-lo e ao chegar ao ninho regurgita uma mistura de néctar e insetos diretamente no bico de seus filhotes.
O pinguim também alimenta seus filhotes, em casos excepionais, com um tipo de leite do papo.
Já os borrachos produzem uma espécie de leite, rico em nutrientes e gordura, em seus papos, e assim alimentam seus filhotes nos primeiros dias. Depois eles passam a se alimentar de alimentos sólidos
Briga por comida
Em casos de pouca comida, a garça branca garante a sobrevivência do filhote mais forte deixando que ele mate seus irmãos mais fracos.
Isso garante a sobrevivência dos mais fortes e a evolução da espécie.
As gaivotas levam o peixe inteiro para o ninho, mas também regurgitam o alimento para seus filhotes.
Eles, instintivamente bicam seu bico para incentivar o regugitamento, aliás, eles bicam tudo que vêem pela frente nesta tentativa.
Excreção
As aves, assim como a maioria dos répteis, excretam ácido úrico, uma substância nitrogenada que é insolúvel em água. As excretas são eliminadas na forma de uma pasta branca junto com as fezes, que possuem coloração escura.
Quem ja viu, aqui no Rio de Janeiro (mesmo que de longe) as ilhas Cagarras, deve ter notado os riscos brancos por toda a parte rochosa das ilhas.
Aqueles riscos brancos são as fezes das aves (principalmente fragatas) escorrem pelas pedras, levando junto o ácido úrico, que marca as pedras de branco.
Caçadores aéreos de alta precisão
Considerado um jato de caça entre as aves de rapina, o falcão peregrino combina um ataque preciso com acrobacias aéreas. Essa ave foi feita para a velocidade, tem corpo atarracado, asas afiladas e cauda fina e curta.
Ao ver um pombo, voa em círculos sobre ele e depois mergulha verticalmente em sua direção, dobrando as asas e fechando a cauda.
Num ataque como esse, o falcão peregrino pode atingir velocidades superiores a 180 km/h.
O falcão peregrino usa a velocidade para caçar sua presa. Um golpe bem sucedido de suas garras, quebra um pescoço ou espinha da vítima, em geral (como na foto) um pombo.
Gavião comum no sul do Brasil
Ele fica olhando tudo lá de cima do pinheiro araucária, e, quando aparece um oportunidade, ataca.
Gaviões pousados em um pé de Araucária, árvore comum no sul do Brasil, da qual se colhe o pinhão.
Estes estão de olho em filhotes de lebre e pintinhos que estão por perto.
Armazenando comida
o pica-pau das matas de pinheiros e carvalhos da América do norte prepara-se para o inverno fazendo buracos nas árvores para estocar frutos de carvalho.
Na foto acima, tronco totalmente perfurado, com alimentos estocados.
Comida alternativa
A águia pescadora (na foto ao lado), que sem outra opção de alimento, caça um flamingos cor de rosa.
Mergulhando com suas garras para pegá-lo a águia pescadora tem que levar o flamingo para uma das margens e comê-lo rapidamente, pois as cegonhas-marabu que assistem a cena estão prontas para roubar seu almoço ao menor descuido.
Afogando o ganso literalmente
Após capturar um ganso, o forte falcão do pântano segura-o embaixo da água até que ele se afogue e pare de lutar.
Acima um dos maiores predadores da natureza.
Matando a sede
A graciosa gaivota passa grande parte dos seus dias voando, consegue até beber água enquanto desliza sobre rios e lagos.
O fila-bóia
Os cucos põem seus filhotes nos ninhos de outros pássaros, para que sejam criados e alimentados sem seu esforço.
Lanchinho rápido
O beija-flor , enfia o longo bico na flor para extrair o néctar. Enquanto paira, batendo as asas 60 vezes por segundo, retira o néctar com sua língua comprida, sugando a flor 13 vezes por segundo.
É normal um beija-flor alimentar-se de 50 a 60 vezes por dia, consumindo metade do seu peso em néctar.
Ele também come pequenos insetos.
Parceria para invadir a colméia
Os indicadores de mel encontram com facilidade o ninho, mas precisam de alguém que abra o ninho para eles. O texugo não consegue encontrar o ninho sem a ajuda do indicador de mel (daí vem o nome).
É uma parceria lucrativa para ambos, pois o pássaro alimenta-se de larvas e cera das abelhas e o texugo do mel.
Colaboração entre pescadores
Inúmeras espécies de aves, principalmente aquelas que pescam, colaboram entre si quando buscam por comida.
Por exemplo os pelicanos formam grupos de 5 a 500 em forma de U ou V , arrebanhando assim todo o peixe á sua frente.
Velocidade e força na caçada
Uma águia-marinha deixando a água com uma grande presa (foto ao lado).
Essas aves batem com grande força na água ao pegarem o peixe com suas garras.
Planam a mais de 30 metros a procura de peixe, e quando encontram mergulham direto sobre ele, balançando as garras como ganchos.
O impulso do vôo normalmente faz com que elas afundem completamente na água.
Aprendizado
Tordo americano pescando num buraco feito no gelo.
Depois de observar o martim pescador e o tordo pescarem num buraco no gelo, o melro, incapaz de conseguir sua refeição normal de larvas de insetos, também tenta pescar, e consegue.
Pescadores aéreos
Os atobás de pés azuis mergulham juntos ao sinal do líder.
Eles parecem trabalhar em gupo, voam juntos a 30 cm da água, em círculos e mergulham todos de uma vez, juntos sobre o cardume.
Abutres
Os animais que se alimentam de carniça comem os restos das carcaças deixadas pelos predadores, conseguindo, assim, uma refeição fácil.
Na falta de animais mortos, os abutres caçam presas vivas.
Mais rápido que as cobras
Embora possa voar, o papa-léguas é também um dos mais perfeitos corredores entre as aves. Usa sua velocidade para pegar presas rastejantes como insetos, lagartos e cascavéis.
Algumas pessoas costumam deixar em seus jardins, pedaços de frutas para atrair a beleza e o canto das aves que por ali passarem.
Na foto so lado, o passarinho come pedaços de mamão deixados em um prato de folhagem.
Nem todos os animais caçam para obter comida, alguns roubam o que precisam de outros animais – bebendo seu sangue, mordendo sua carne ou, então, roubando seus ovos ou sua comida.
Os tentilhões-vampiros das ilhas Galápagos gostam de sangue. Bicam a base das penas dos mergulhões mascarados, geralmente próximo ao cotovelo da asa dobrada, e bebem seu sangue.
ninhabio – Porque curiosidade é a porta de entrada do conhecimento.