Ápodos – As moréias pertencem à família dos ápodos, pois não possuem nadadeiras ventrais, pélvicas ou peitorais. Possuem apenas a nadadeira dorsal.
O corpo das moréias é alongado, quase cilíndrico,e revestido com um muco protetor.
Uma longa nadadeira começa no dorso e termina no ânus, passando pela extremidade da cauda. Essa nadadeira é formada por raios moles e articulados.
Os peixes dessa ordem são ótimos nadadores. Nadam ondulando o corpo, mas também rastejam e enterram-se na areia na areia.
As moréias são parecidas com serpentes, tanto fisicamente como no modo de se locomover.
As moréias são agressivas, mas a intensidade dessa agressividade varia de espécie para espécie.
Os alevinos de moréia, no momento da eclosão e durante o período crítico da vida, para a segurança dos filhotes, ficam parecidos com uma folha vegetal transparente, chamada de leptocéfalo.
As moréias tem uma alimentação essencialmente carnívora, devorando peixes pequenos que venham a passar perto de sua toca, além de crustáceos, moluscos e alguns invertebrados.
As moréias vivem entre os recifes de corais, e atacam animais que passem perto demais da sua toca.
O ataque, quando ocorre, é rapido e fulminante.
Esses peixes vivem entocados de dia e geralmente saem para caçar à noite.
Existem cerca de 30 espécies que habitam o litoral brasileiro.
Em Ubatuba é freqüente encontrar exemplares de caramuru (Gymnothoraz moringua), moréia pintada (Gymnothorax ocellatus), muçum do mar (Ophichthys gomesi) e muçum pintado (Ophichthys ophis) vivendo em tocas no costão rochoso do continente e das ilhas.
Algumas ainda, além dos dentes, possuem veneno, que inoculam ao morder.
Um exemplo deste perigo é a Muraena helena, com pele de cor amarela intensa ao marrom escuro, manchado de branco sujo.