Bugiu vermelho
Alouatta fusca
Família Atelidae
Alimenta-se de folhas e brotos.
existe no Brasil e parte da Argentina.
Também conhecido como Guariba.
Seus sons são os mais altos produzidos por animais terrestres, podendo ser ouvidos a até 16km de distância.
Eles sempre gritam muito antes da chuva, e por isso são uma espécie de previsão do tempo para moradores vizinhos.
A não ser que esteja amanhecendo ou entardecendo….pois aí é a hora deles gritarem mesmo.
Eles conseguem gritar tão alto porque eles têm o osso Ióide muito desenvolvido. A barba esconde o gogó gigante.
Parece que tem um montão de macacos gritando, mas são só alguns, os chefes dos bandos.
Os Bugius preferem matas fechadas, pois andam de árvore em árvore e não gostam muito de andar no chão.
Quando trocam de uma árvore para a outra, abrem os braços e se deixam cair, como os personagens do filme Avatar (devem ter se inspirado no Bugiu). E o filhote? O filhote fica pra trás, e se joga depois, nos braços da mãe.
Quando o filhote é muito pequeno e ainda tem medo de se jogar para o colo da mãe, a mãe anda em galhos mais próximos, e faz uma ponte com o corpo, para que o filhote passe.
A cauda do bugiu (como da maioria dos macacos que têm cauda) serve como uma terceira mão, se enrola e segura em ramos e galhos. A cauda é mais comprida do que o corpo. O corpo tem uns 60 cm e a cauda uns 65 cm.
Os bugius comem folhas frescas, flores e frutas, e as vezes eles comem de cabeça pra baixo.
Eles andam em grupos de 8 a 12 macacos, e obedecem ao líder, que cuida deles.
Os dois sexos têm um urro alto e penetrante, embora o do macho seja mais grave que o da fêmea.
Assim que dois grupos se aproximam, todos põem-se a gritar e fazem um barulhão ensurdecedor. É dessa forma que os macacos brigam.
De vez em quando até sai uma briguinha, mas em geral os bugios preferem evitar a luta, decidindo suas disputas com no grito mesmo.
Um mistério de controle da natalidade
O status social da fêmea dos macacos-gritadores influencia o sexo de seus filhos.
Acredita-se que as fêmeas dos macacos-gritadores da Costa Rica conseguem isso comendo folhas que contêm uma droga, cujos efeitos não foram totalmente entendidos pelos cientistas.
As fêmeas dominantes de um bando tendem a gerar machos dominantes. Um macho dominante pode gerar até 40 filhos durante sua vida, e os genes da mãe serão copiados muitas vezes nas gerações subsequentes.
Essas fêmeas são sempre as primeiras a escolherem a comida quando o bando se muda para uma área nova, para que possam selecionar a tal planta. As demais fêmeas alimentam-se com plantas “normais”, pois precisam de filhas para legarem seus genes.
Seu impulso é garantir que o maior número possível de seus genes seja passado às futuras gerações.
