Hoje vamos falar sobre Aranhas Invadem Prédio Histórico.
Fachada de um prédio histórico, no centro da cidade.
Na primeira olhada me pareceu um prédio mal conservado, sujo….mas olhando com mais calma vi que o prédio está muito bem conservado, restaurado, pintadinho – uma beleza – não fossem as aranhas e suas teias.
“Se na fachada, que está todo mundo vendo, está assim…..como estarão embaixo dos móveis?”
Pra ser sincera não olhei embaixo das cadeiras e mesas, mas acredito que móveis que tenham mais movimentação não seriam agradáveis para as aranhas.
Se bem que elas não pareciam ter problema com o balanço de suas teias pendentes das marquises das lojas.
A primeira impressão é de tinta descascada, embolorada. Mas a pintura está impecável. São apenas teias e aranhas.

Dá pra imaginar o susto?
Andando tranquilamente pelo centro da cidadezinha linda, quando dou de cara com um dessas aí do lado, pendurada em uma teia, bem na frente do meu nariz.
E não era pequeninha não…tinha uns 5 cm de corpo (sem contar as pernas).
Depois pude constatar que não era das maiores.
E ela nem tomou conhecimento da minha presença, pareceu super bem acostumada com a convivência com pessoas.
Eu fiquei super apavorada, mas ela não teve o menor medo de mim.
A maioria das aranhas fogem quando estão perto de pessoas, ou atacam pra se defender….essas não tem a menor reação.
A aranha da foto ao lado tem um bonito rajado na parte de tras do corpo e manchas amarelas nas patas.
Elas enchem tudo de teias.
Se passar entre um poste com luminária (que aliás elas adoram) e uma parede, vai enroscar e carregar grudada na roupa um pedaço de teia – e se der sorte este pedaço de teia não vai vir premiado com uma aranha.
Bancos de praças, caixas de correio, placas de sinalização…tudo interligado por teias.
Conforme o ângulo do sol, é até bonito ver as teias balançando ao vento e brilhando com o reflexo do sol.
Embora esta aranha da foto acima também tenha as mesmas manchas amarelas nas patas que a aranha da foto mais acima, seu corpo não é rajado….parece mais uma casca marrom. Isso acontece porque ela é mais velha.
Perto dela, estão restos de comida. Pequenos insetos envolvidos em teia.
Qualquer coisa que proteja da chuva, como uma marquise, um beirado, uma soleira, um rebuscado e até mesmo a boca de uma estátua servem de abrigo para as aranhas, e são por elas devidamente “enfeitados”.
Essas fotos foram tiradas apenas de um lado da rua, em uma área de 3 quadras pois a bateria da máquina acabou.
Esta teia da foto acima parece estar terminando de ser construída. Ainda está branquinha e não tem depósitos de comida em volta dela.
A aranha que se encontra neste ninho tem também as mesmas manchas amarelas nas pernas, mas não dá pra visualizar direito a cor do corpo dela.
As vezes penso em voltar, com mais baterias, com uma máquina melhor, e ver se as aranhas se espalharam ou se concentraram em algum ponto…se alguém resolveu limpar isso, ou não… mas sinceramente, dá medo.
Haviam aranhas enormes neste prédio, foram as que eu pude ver mais de perto – pareciam até fazer pose pra foto, e o flash não lhes causou a menor reação.
Incrível que a gente passa e nem repara….só na terceira vez que fui a Petrópolis foi que notei as aranhas, totalmente por acaso, quando quase esbarrei em uma.
Normalmente as pessoas não andam na rua olhando para cima, prestando atenção em marquises e paredes.
Talvez por isso as aranhas passem despercebidas.
Detalhe da foto acima, que mostra bem o brilho das teias ao sol.
Esta foto mostra bem como a pintura é recente e que só o que “suja” a fachada são as inúmeras teias das aranhas.
Esta foto mostra a janela redonda fechada com uma cortina de teia fina, e dentro um tubo de teia onde a aranha se abriga, a espera de que algum inseto caia na sua armadilha.
Esta foto parece que quase não tem aranhas, certo? Errado…olha novamente, com calma.
Além das duas óbvias, que aparecem muito bem, no canto da direita da porta tem mais duas, uma bem encostada no canto, maior e uma menorzinha mais a frente.
No detalhe branco, próximo a janela redonda, a direita pende um cone de teia, com mais uma aranha.
Em cima, no berado do telhado, dá pra notar mais uma.
Em quase todas as fotos desta página, olhando com calma, encontra-se bem mais aranhas do que se imaginava a princípio. É quase como um jogo, encontre os 7 erros – só que neste caso, encontre as 7 aranhas.
Os detalhes das fachadas, os rebuscados e as soleiras das portas parecem ser esconderijos perfeitos para abrigar as aranhas com suas teias e filhotes.
As aranhas são é chiques, só querem saber de morar no centro, em prédios históricos, marquises de lojas bacanas e tetos de shoppings.
Nas árvores próximas à estes prédios não se encontram aranhas, nem na grama do jardim ao lado, nos arbustos também não.
Mas nas luminárias em estilo antigo (lindas diga-se de passagem)…ali sim, se encontram várias.
Ninguém pode dizer que elas não tem bom gosto.
As teias ao lado são mais antigas, sujas e cheias de restos de insetos mortos, mas não estão abandonadas como pode parecer. Há aranhas ocultas no interior dos cones.
Na foto, uma imagem parada, não da pra notar, mas toda esta área tem movimento, os filhotinhos de aranha se movem o tempo todo.
Seria bem interessante filmar isso, só não sei se eu teria a coragem necessária.
Confesso que deu um certo pavor de que ela caísse em cima de mim. Mas ela era enorme e eu não podia perder a foto….só que o medo foi mais forte e a foto ficou meio tremida.
Repare na quantidade de casulos…
A teia abrange toda a área, porém só é visivel na foto a parte em que o sol se reflete.
Acima detalhe ampliado da foto anterior.
Minha máquina não tinha um zoom muito bom, então ficou meio desfocado.
Mesmo assim dá pra ver as mesmas manchas amarelas e o rajado no abdomem da aranha.
Apesar de apavorante, não da pra dizer que ela não é bonita.
Qualquer quina de parede também serve, afinal com tanta concorrência nem tem lugar pra todas….
Cada qual faz seu ninho onde consegue.
Esta aranha era realmente ENORME, e isto foi o mais perto dela que eu tive coragem de chegar pra tirar a foto.
Ela tem manchas amarelas nas pernas e o corpo parece ter uma casca marrom por cima, como outras acima.
Olha o brilho do sol na teia denovo. Mas é conforme o ângulo que este brilho aparece.
Se estiver sem sol, num dia nublado, quase nem dá pra perceber as teias.