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Tudo sobre Mosquitos | Pernilongos

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Mosquitos | Pernilongos

O zumbido do pernilongo, que o homem só pode ouvir se estiver perto, é ouvido por outro pernilongo a 30 metros.

Por serem hematófagos, os mosquitos estão entre os maiores transmissores de doenças.

Quem pica é a fêmea

A fêmea é quem pica, pois precisa de sangue antes de reproduzir-se. A boca do macho é muito fraca para dar a picada, e ele alimenta-se apenas do suco das plantas.

A fêmea de mosquito com uma probóscide de sete sub-seções (bico que ela usa pra sugar o sangue), é responsável pela disseminação de duas das maiores doenças da humanindade: a malária e a febre amarela.

Quando encontra a pessoa através do dióxido de carbono que sai dos pulmões, o pernilongo pousa sem ser percebido na pele.

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A fêmea insere a ponta de sua probóscide, que funciona como uma seringa de injeção de dois sentidos. Um tubo injeta saliva anticoagulante e o outro suga o sangue.

A infecção ocorre quando o mosquito é portador do parasita da malária ou dos microorganismos da febre amarela.

As duas doenças são transmitidas por diferentes tipos de mosquitos. Há mais de 200 espécies de mosquitos anofelinos que podem hospedar e transmitir a malária, mas somente a espécie aedes pode transmitir a febre amarela. A espécie aedes foi a responsável por epidemias que dizimaram milhares de pessoas na África e na América do Sul, antes que o transmissor fosse identificado.

A espécie aedes também pode transmitir a dengue.

Pernilongos são ovíparos. Os ovos do mosquito só se desenvolvem na água. Mesmo os ovos de espécies que vivem em áreas secas ficam adormecidos até cair uma chuva, que acelera a conclusão dos seus ciclos de vida antes que a seca retorne. Quando se descobriu a necessidade de água nessas fases da vida do mosquito (larva e pupa), muitos esforços foram feitos para o controle dos mosquitos da malária, drenando-se grandes trechos de água ou despejando óleo neles para sufocar as larvas.

Os mosquitos da febre amarela são muito mais difíceis de serem combatidos porque se reproduzem em minúsculas áreas com água, como canaletas no telhado, tanques para água da chuva ou até mesmo cascas de coco. Também são mais difíceis de serem detectados no interior das casas.

Foi desenvolvida uma vacina contra a febre amarela, mas a doença ainda está longe de ser erradicada.

Aedes Egypti

Este é o mosquito transmissor da dengue, da zika e da chicungunya.

É muito importante fazer o controle de águas paradas, para evitar a proliferação deste pernilongo, pois a dengue, a zika e a chicungunya são doenças sérias e em alguns municípios até uma epidemia.

Em alguns casos é interessante a contratação de uma detetizadora para que possa destruir insetos vivos e ensinar como evitar as larvas.

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A detetização pode ser feita pelo poder municipal, na maioria das cidades, basta informar o órgão competente.

Nos seres humanos, o Aedes Egypti ataca principalmente pés e pernas, mas pode atacar braços e rosto se não tiver nenhuma parte do corpo desprotegida mais abaixo.

O motivo para isso é que não possui muita capacidade de vôo, preferindo sempre voar baixo.

Então se você ver um pernilongo no teto da casa, com certeza não é um Aedes Egypti. No segundo andar, nem pensar. Este pernilongo só voa baixo.

Perto de terrenos baldios (com lixo jogado ao ar livre), piscinas abandonadas e principalmente banhados, é quase certo que o encontrará, então se precisa ir a um lugar assim – use repelente.

Um outro modo de protejer as casas é por meio de telas de proteção contra insetos.

Como todos os outros pernilongos, o pernilongo da dengue só nasce de ovos colocados em lugares onde ele chegou voando.

Em nenhuma hipótese seus ovos seriam levados pelo vento ou por outros animais. Não nascem do ar, nem vêm pelo vento. Ele voa, coloca seus ovos na água, e eles grudam nas paredes do recipiente, e mesmo sem água, continuam vivos (até por um ano). Assim que a água apareça (uma chuva por exemplo) em 10 minutos elas nascem.

O Aedes Egypti só nasce em locais onde ele coloca os ovos. Por este motivo é importante manter limpos recipientes, como potinhos de água de animais.

Só retirar a água não resolve, é preciso esfregar as paredes dos recipientes para retirar os ovos.

Um modo caseiro de matar os ovos e larvas do aedes egiptis (e reduzir o período de vida do pernilongo adulto) é colocar borra de café na água que esteja infectada.

Mas a dengue, que só em 2011 atacou 23 mil pessoas no Rio de Janeiro, agora tem um novo combatente.

 

 

Em um estudo na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, pesquisadores desenvolveram um macho transgênico que, ao cruzar com fêmeas comuns, produz apenas mosquitos machos e que carregam material genético modificado.

Como quem pica é a fêmea…a dengue tem diminuído drasticamente nas cidades onde está sendo testado.

Também está em desenvolvimento, no instituto Butantan, a tão esperada vacina contra a dengue.

Os primeiros testes em humanos começaram no fim de 2013. É um longo e cuidadoso processo, que trará um enorme benefício para a população.

 

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Pernilongo comum

Bem diferente do transmissor da dengue, ele não tem manchas brancas nas pernas.

Se alimenta de sangue, e como se pode ver, o pernilongo da foto ao lado está bem abastecido de sangue.

É no crepúsculo ou à noite que eles atacam. Ou melhor, elas.

O pernilongo macho vive principalmente de néctar ou seivas vegetais. Mas a fêmea precisa de um complemento de proteínas em sua dieta, para produção de ovos.

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As plantas em geral contêm pouca proteína.

Mas, como os mosquitos só podem alimentar-se de líquidos, através do tubo de sua probóscide, as fêmeas precisam absorver proteínas suspensas em algum líquido. Para isso, o sangue de mamíferos (inclusive o homem) ou de aves e até de anfíbios é uma fonte ideal. E, então, as fêmeas atacam como vampiras.

A picada quase não doi. Quando a fêmea espeta a probóscide na pele, ela injeta uma substância anestésica que, ao mesmo tempo, impede o sangue de coagular. A probóscide e a traquéia são tão finas que o mecanismo de coagulação do sangue logo entraria em ação e o mosquito não poderia sugá-lo.

Mas, alguns minutos depois, o anestésico começa a provocar uma reação defensiva do organismo atacado. Seguem-se a coceira e a inflamação, reações tipicamente alérgicas que em muitas pessoas acabam até formando feridinhas.

Pernilongos do gênero Culex podem transmitir encefalite a animais e ao homem (encefalite é uma inflamação cerebral que pode provocar perturbações mentais e motoras ou até a morte) O Culex pipiens é um transmissor comum de filaríase ou elefantíase, doença em que as pernas da pessoa atacada incham desproporcionalmente. Muitas outras epidemias, com variados graus de mortalidade, têm sido causadas por vírus e outros micróbios que os pernilongos passam de uma pessoa a outra, ao picarem doentes e sãos, sucessivamente: febre amarela (doença tropical propagada pelo Aedes aegypti – assim como a dengue), malária (ou maleita, em que um protozoário, transmitido pelos mosquitos do gênero Anopheles, provoca destruição maciça de glóbulos vermelhos). Pernilongo é uma peste até no Artico, embora não ocorra na Antártida.

As fêmeas do pernilongo põem na água blocos compactos de minúsculos estojos que contêm os ovos. Depois de flutuarem durante alguns dias. os ovos afundam e vão liberando as larvas que se formaram.

As larvas do Culex ficam de cabeça para baixo e cauda de fora, pois uns 95% do oxigénio que respiram são absorvidos pelo sifão da ponta da cauda.

Depois de uma semana o inseto adulto emerge do esqueleto velho e flutuante para voar pela primeira vez.

Para incubação dos 200 a 400 ovos de cada postura, basta pequena porção de água parada.

Garantindo a paternidade

O mosquito macho usa a cola como barreira protetora para seu próprio esperma, bloqueando assim futuros rivais.

Às vezes o macho tem que morrer para conseguir procriar. Então, permanece atado à fêmea. Ela depois o devora, deixando apenas seus órgãos genitais funcionando como um tampão para impedir a penetração de outros machos. O mesmo acontece com o mosquito-pólvora-insetívoro.

Assim, o macho a supriu com alimento suficiente para manter a fêmea bem nutrida até ela pôr seus ovos, evitando que saia em busca de comida.

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Machos atraídos pelo zumbido da fêmea

Os ouvidos do mosquito se chamam órgãos de Johnston e ficam na base de suas duas antenas.

Esses órgãos permitem que ele sintonize os sons emitidos pela fêmea à procura de um companheiro. O zumbido da fêmea é produzido pelo bater das asas do inseto até 600 vezes por segundo.

Para evitar confusão, cada espécie de mosquito bate as asas a uma frequência ligeiramente diferente.

Mas se alguma coisa vibrar na mesma frequência da fêmea, os mosquitos podem errar.

Um música que sustente a mesma nota (se for a frequência certa), o zumbido de uma placa, ou de uma lâmpada….

A sequência de fotos abaixo foi uma gentil colaboração de Igor Arusa.

 

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Na foto acima, o pernilongo está seguro entre os dedos de uma pessoa, e podemos ver bem a parte superior dele.

 

Ochlerotatus fulvus pallens

 

As fêmeas dessa espécie são agressivas e picam tanto perto do chão quanto em lugares altos, como as copas de árvores na floresta, onde normalmente vivem.

As principais características dessa espécie são:

Pernas amareladas com algumas manchas pretas, e nas junções um pouco mais escuro.

Abdômen amarelado com manchas castanhas, ou marrons.

Palpos e tromba amarelos com pontas pretas.

Asas amareladas e estreitas.

Já nesta foto, o pernilongo está de lado, pousado no dedo de alguém (imagino que do Igor mesmo), e podemos ver com detalhes a cabeça do inseto.

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Como este pernilongo geralmente vive nas florestas, pouco se tem estudado sobre ele e ainda não se sabe se pode transmitir alguma doença.

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Isso significa que os pernilongos da floresta estão invadindo a cidade? Não. A cidade é que está invadindo a floresta…

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