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Toupeiras

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Hoje vamos falar sobre toupeiras.

Classe: Mamíferos
Ordem: Insetívoros
Família:Talpídeos
Espécie:Desmana moschata
A toupeira comum raramente precisa sair da toca, pois seu alimento (basicamente minhocas, lesmas e larvas de insetos ) chega pelas paredes, pelo chão e pelo teto de seu abrigo.
Cerca de mil vermes paralisados foram encontrados na despensa de uma toupeira, guardados para serem comidos durante o inverno, quando é difícil encontrar alimento. Uma solitária comedora de vermes, a toupeira comum eurasiana, como todos os animais que armazenam comida, manteve sua reserva de vermes fresca através de uma técnica perfeita.

toupeira
Com uma mordida ela tira a cabeça do bicho, o que não o mata, e depois paralisa o corpo com sua saliva venenosa — como os vermes ainda vivem, eles não apodrecem. Em seguida, ela tranca as vítimas num buraco, dentro do seu sistema subterrâneo.
Quando ela vai à superfície, geralmente à noite, corre o risco de ser devorada por uma coruja.

Para repor a energia que consome em suas escavações, a toupeira, que mede 15cm, tem de comer bastante.

As toupeiras comuns raramente são vistas acima do solo, embora seus túneis deixem sulcos pelos gramados. Com as poderosas patas dianteiras em forma de garras, cavam o solo com movimentos semelhantes aos do nado de peito.

O abrigo tem o tamanho de uma bola de futebol e é forrado com capim e folhas secas, situando-se um pouco abaixo da rede de túneis. Saindo da câmara vêm os túneis que a toupeira cava durante o dia em busca de alimento, que podem chegar a 180m de comprimento. Os mais longos ficam em solos pobres, onde o alimento é escasso.

toupeira_na_toca

Como os túneis ficam próximos à superfície e não são muito bem construídos, às vezes desmoronam enquanto estão sendo abertos.

Eles são o único meio de ventilação da câmara e criam uma corrente de ar fresco vital para a toupeira.

Enquanto ela cava, vem à superfície com alguma frequência, formando uma espécie de chaminé que aumenta a ventilação.

Os túneis raramente se cruzam, e o ar que entra por um duto atravessa a câmara e sai por outro, renovando constantemente o ar na rede.

O sistema de ventilação da toupeira cria montes de terra no solo de aproximadamente 1kg cada, que podem ser um aborrecimento para os jardineiros e fazendeiros. As toupeiras podem danificar as raízes das plantas.

Se uma cobra como a naja entrar no sulco, os soldados cavam furiosamente, procurando tapar o túnel com uma barreira de terra antes que ela chegue à câmara de reprodução.

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A rainha patrulha a rede do túnel, empurrando as operárias e conferindo o estado de reprodução das fêmeas. Todas as toupeiras de uma colônia podem reproduzir-se, mas a rainha controla seu comportamento através de um coquetel de agentes químicos chamado feromônios, que reprimem os instintos e o desenvolvimento reprodutivo.

Quando a rainha morre, várias fêmeas crescem rapidamente, mas só uma irá intimidar as outras e tornar-se a nova rainha.

Suas tetas incham e seu corpo alonga-se para que ela engravide sem ficar grande demais para cavar os túneis.

toupeira_nariguda

Ainda se desconhece, ao certo, quantos partos anuais ocorrem entre as toupeiras-narigudas.

Quando os pequenos vultos castanhos percorrem o rio, gritando como patos assustados, os camponeses deduzem logo: vai haver enchente.

De algum modo, que ninguém sabe ainda qual é, a toupeira-nariguda pressente as inundações dos rios que elas habitam, no leste da União Soviética.

Mas é preciso distinguir entre esses gritos de alarma e os gritinhos dos bandos que se movimentam normalmente.

Quase sempre na água, em busca de peixes, moluscos, larvas, crustáceos ou insetos, a toupeira-nariguda às vezes abandona a caça para reunir-se a outras, em pequenos bandos.

Então, nadam devagar, dão mergulhos inesperados, emergem aos saltos, abandonam-se à correnteza.

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Para selecionar um macho, a fêmea de toupeira-nariguda lhes impõe uma competição de velocidade e resistência, nadando em círculos.

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Com cerca de 13cm de comprimento, a toupeira de focinho de estrela da América do Norte é assim chamada pelo seu incrível nariz que tem, na extremidade, 22 tentáculos carnudos cor-de-rosa, sensíveis ao tato.

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A toupeira usa esses tentáculos para procurar minhocas e outros animais de corpo mole para comer, enquanto viaja através dos túneis subterrâneos ou nada em lagos.

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A toupeira dourada encontrada no sudeste da África é praticamente cega e “nada” pela areia fofa de seu habitat sempre à procura de insetos e aranhas.

Tem grandes ossos na orelha, que captam as vibrações dos predadores se aproximando, mas utiliza principalmente o tato para encontrar comida.

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Todas as criaturas têm o sentido do tato, mas alguns aproveitam-no mais em termos de proteção, movimento e manipulação.
Pêlos sensíveis são inestimáveis para a vida nos túneis
As toupeiras têm sensores tateis nas duas extremidades do corpo — uma adaptação lógica para arrastar-se por túneis escuros.

Os pêlos que guarnecem o focinho da toupeira e arrematam sua cauda são embutidos em células receptivas de tato. Qualquer movimento desses pêlos, seja por vento ou por toque, alerta o animal da aproximação de perigo ou de urna fonte de comida, como um verme, por exemplo.

Quando a toupeira se movimenta no túnel, mantém a cauda ereta para que os pêlos
toquem o teto.
Ao que parece, isso dá informações sobre o tamanho e a forma do túnel.
A toupeira pelada parece mais uma salsicha enrugada que uma toupeira ou um rato; é um mamífero escavador só encontrado na África.

A não ser pelos fiapos duros e sensíveis ao toque espetados no seu corpo cor-de-rosa, essa toupeira é toda “careca”. Esses fiapos servem para ela perceber o caminho ao longo dos túneis escuros de seu habitat.
As toupeiras peladas são sensíveis a correntes de ar. Ela usa os bigodes para encontrar túneis, refazendo o caminho das correntes de ar pelos buracos.

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Mesmo depois que os filhotes aprendem a caçar por si, os adultos continuam a levar comida para a toca, o que reforça o impulso de união da família.