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Tamanduá

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Hoje vamos falar sobre o tamanduá.

Classe: Mamíferos      Ordem: Pilosa

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No Brasil existem muitas espécies de tamanduás. A mais conhecida é o tamanduá-bandeira.

Nos últimos anos, porém, o tamanduá entrou na lista dos animais ameaçados de extinção.

O tamanduá é um bicho que desperta curiosidade por seu proeminente nariz e pelo hábito de comer formigas.

Ele se alimenta de pequenos insetos, como formigas, cupins e larvas de besouros.

O tamanduá é o único mamífero desdentado. Os insetos que ingere (mais ou menos 30 mil por dia) vão inteiros para dentro, sem serem mastigados.

Sua longa língua (mais ou menos meio metro) secreta saliva adesiva na qual os insetos são colados.

Em cativeiro, um tamanduá-bandeira pode viver por uns 14 anos, em convivência amistosa com seu tratador. Chega a ser brincalhão, mas nunca abraça ninguém – entre os tamanduás, abraço é um recurso mortal de luta.

O tamanduá-bandeira não é um bicho agressivo, mas sabe defender-se muito bem. Quando atacado, senta sobre as pernas traseiras(como na ilustração ao lado), para fazer uso livre das enormes garras dianteiras. Nessa posição pode defender-se de alguns animais que venham a lhe atacar. Quando o inimigo é maior e mais feroz, como a onça, o tamanduá apara o bote no peito e fecha o atacante num abraço, crava-lhe as unhas nas costas e não larga mais. O resultado é um empate – ou morrem os dois, ou ambos se afastam feridos.

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As fêmeas do tamanduá-bandeira dão à luz um filhote por ano.

A gestação demora 190 dias. O acasalamento dura pouco tempo e, com o macho de volta a seus hábitos solitários, toda a tarefa de proteger e alimentar o filhote compete à mãe.

Durante oito ou nove meses, o filhote vive quase só de leite. Pouco a pouco, vai aprendendo a caçar formigas com a mãe, que o carrega nas costas (como na ilustração aolado).

A fêmea do tamanduá-bandeira vem pelo campo com seu filhote equilibrado às costas, num passo lento e cambaleante. Chega perto do cupinzeiro e começa a arranhá-lo com as unhas curvas e fortíssimas. Aberta uma brecha, aprofunda nela a língua comprida e viscosa; quando a retira, dezenas de insetos vêm aderidos ao muco pegajoso. Normalmente, um tamanduá faz isso tudo muito depressa, até à razão de umas cem lambidas por minuto. Precisa comer muitos milhares de insetos por dia para sustentar seu corpo, que chega a medir 1,30 metro (fora a cauda) e a pesar aproximadamente uns 25 quilos.

Mas desta vez a fêmea parece não ter pressa. Está ensinando ao filhote, com o exemplo, a técnica de atacar formigueiros. Ao que parece, esse comportamento não é apenas inato. Requer também certa aprendizagem.
Com uma boca tão pequena, que mal chega a 2 centímetros de diâmetro, e totalmente desprovido de dentes, o tamanduá não pode comer muita coisa além de insetos. De vez em quando assalta algum ninho e quebra os ovos, lambendo seu conteúdo.
Mas o alimento básico são mesmo cupins e formigas.

Além de se alimentar, involuntariamente, esse mamífero acaba cumprindo uma importante função ecológica. Ao destruir um cupinzeiro, ele espalha
pela superfície nutrientes que se encontravam no interior da toca e que passam a ser reaproveitados pela vegetação. Em outras palavras o tamanduá ajuda a adubar as plantas.

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Nas florestas tropicais da América do Sul, a fêmea do tamanduá amamenta o filhote por seis meses. Os tamanduás desenvolvem-se lentamente, e só aos dois anos são capazes de procurar comida por conta própria. O filhote fica agarrado às costas da mãe, quando ela sai à noite em busca de alimento, e aprende a abrir cupinzeiros e formigueiros com as patas dianteiras curvas e a apanhar os insetos com a língua comprida e pegajosa.

O tamanduá pertence à ordem Xenarthra – também chamada Edentata (desdentados), assim como o tatu e a preguica.

Sua pelagem predominantemente cinzenta tem uma mancha diagonal preta e branca.

Quando adulto pesa aproximadamente de 16 a 23 quilos. A enorme cauda, que pode chegar a metro, é um tufo de pêlos, que, no caso do manduá-bandeira, inspirou seu nome.
Poderosas garras curvas nas patas dianteiras são usadas para escavar cupinzeiros. Embora ficultem a locomoção, elas também funcionam como potente arma de defesa contra predadores naturais, como a onça.

A visão não muito boa, mas é totalmente compensada pelo olfato, 40 vezes mais desenvolvido do que do homem.

O tamanduá não demarca território e pode perambular por grandes áreas. Costuma ser ativo durante o dia e, de acordo com as condições climáticas, também à noite. Consegue se locomover dentro da água e, mesmo desajeitado, é capaz de subir em árvores em situações extremas, para se proteger de ameaças.

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Sem dentes e sem agilidade (as unhas atrapalham seu já lento galope), os tamanduás dependem das garras para defender-se dos carnívoros da floresta, embora não seja muito perseguido, pois a maioria dos predadores não gostam do sabor de sua carne.

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Tamanduá Bandeira

Ordem Xenarthra ( Edentata)
Família: Myrmecophagidae

O tamanduá-bandeira dorme enrodilhado, como uma rosquinha.

Em caso de enchente, não se aperta: sabe nadar com agilidade.

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O tamanduá-bandeira é um animal solitário. Raramente é visto aos pares, exceto durante a amamentação ou o acasalamento.

A gestação dura cerca de 190 dias e dá origem a apenas um filhote, que nasce com pouco mais de 1 quilo. A mãe carrega o filhote nas costas entre seis e nove meses, até um pouco depois de ele parar de mamar.

A fêmea e o filhote permanecem juntos até a próxima gestação, quando então ele se afasta para viver sozinho.

O tamanduá é encontrado nos campos e no Cerrado.

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É a maior das quatro espécies de tamanduás, sendo que o peso do animal adulto pode ir de 22 a 39kg e o tamanho entre 1m a 1,30m, excluindo a cauda que pode ter até 1m.

Os pêlos da cauda são bastante longos, e uma faixa negra se estende da garganta, e ao longo do ombro, até a porção central do dorso do animal.

Ocorre em todo o território brasileiro.

São solitários, com exceção da fêmea e filhote dependente, e seus hábitos variam de região para região, podendo ser diurnos ou noturnos.

Como todos os tamanduás, a espécie não possui dentes. A língua protráctil, coberta por saliva aderente, pode ser estendida bastante até penetrar em ranhuras em ninhos de formigas e cupins, seu principal alimento.

Se alimentam fazendo aberturas nos cupinzeiros com a sua grande garra do terceiro dedo.

Embora inofensivos, são perigosos se atacados, podendo inclusive matar predadores de grande porte.

Como todas as espécies que ocupam preferencialmente áreas abertas de cerrado, as maiores populações naturais do tamanduá-bandeira sofreram bastante com a ocupação recente do Brasil central por atividades ligadas à agroindústria e à pecuária.
A eliminação as suas principais fontes de alimento, como cupinzeiros e formigueiros, prática associada com a agricultura, também contribui para a diminuição de suas populações.

A caça ilegal, ataque de cães, atropelamentos, além das queimadas cada vez mais prevalentes ao longo da área de distribuição da espécie, têm também resultado na deterioração de sua situação na natureza. Em áreas florestais, são naturalmente bem mais raros, e a principal ameaça resume-se à caça de subsistência praticada por populações indígenas ou pequenos agricultores.

Seria muito bom se se estabelecesem novas unidades de conservação nas poucas áreas onde ainda existam populações naturais com densidades ainda elevadas. Para tanto, é necessária a realização de censos ao longo de todo país, avaliando o status da espécie nas diferentes regiões. O controle do fogo no cerrado é também uma medida essencial.

A criação em cativeiro, comprovadamente viável, pode ser também uma estratégia de preservação de material genético e repovoamento de áreas onde a espécie já foi eliminada.

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Tamanduaí

O minúsculo tamanduaí, descrito como um intermediário entre o gambá e o macaco.

É um animal noturno, que se movimenta muito bem nos galhos das árvores.

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Tamanduá-Mirim ou Tamanduá-de-coleira

Tamanduá tetradactyla
Também conhecido como Tamanduá-mirim ou tamanduá de coleira
Pertence à ordem Xenarthra ( Edentata) e à família Myrmecophagidae

O tamanduá-mirim, tem metade do tamanho do tamanduá bandeira e está mais adaptado para a defesa.

Com sua cauda preênsil (que funciona como outro braço), é muito rápido para subir em árvores. Além disso, bastante feroz para matar os cães de caça que o persigam. O finzinho da cola não tem pelos.

Na ilustração ao lado, o tamanduá-mirim pendura-se na cauda preênsil para atacar um cupinzeiro de cupins arborícolas.

O tamanduá-mirim é um tamanduá de médio porte, medindo entre 54 a 60cm e cauda de tamanho entre 54 a 56cm, que habita florestas e cerrados de todo o Brasil.

O Tamanduá-mirim apresenta o corpo coberto por pêlos curtos, densos e grossos, com coloração variada.

É comum uma faixa de pêlos pretos em volta do pescoço, como uma coleira, daí o nome vulgar de tamanduá-de-coleira.

Como todos os tamanduás, é desprovido de dentes. Tem um focinho alongado e uma longa língua coberta de muco pegajoso, como é característico da família.

É um animal relativamente manso, que pode entretanto apresentar comportamento agressivo quando ameaçado. Em situações de perigo, defende-se utilizando os longos braços. Se for atacado quando em cima de árvore, usa a cauda como uma terceira base de apoio, ficando “de pé” e projetando as garras para o agressor.
No solo, apoia as costas contra rochas ou troncos de árvores e defende-se usando os fortes braços.

Em situações de estresse solta uma catinga desagradável. Alimenta-se principalmente de formigas e cupins tanto no solo quanto nas copas das árvores.

É um animal solitário com atividade tanto de dia quanto à noite.
Geralmente vive perto da água.

A destruição tanto do Cerrado quanto da Mata Atlântica, tem contribuído para o declínio das populações de tamanduá-mirim. Esse declínio pode levar ao rápido desaparecimento de populações locais, devido aos efeitos deletérios da endogamia.

Seriam necessárias medidas que visem a proteção dos habitais onde o tamanduá ocorre, e criação de unidades de conservação. Aumentar a fiscalização e implementar projetos de educação ambiental em áreas onde a caça ainda é atividade tradicional.