Ninhos
As aves constroem ninhos de todos os tipos, colados, costurados,tecidos, esculpidos e escavados.
Usam os mais diversos materiais, como folhas, saliva, pelo de outros animais e até lixo produzido pelo homem.
São ninhos pendurados em árvores, escondidos em ocos de cactus, dentro de cupinzeiros, atrás de cachoeiras, no meio de lagoas, em paredões de pedra e até em torres de igrejas.
Algumas usam ninhos prontos que outros pássaros já usaram e abandonaram.
Outras dividem o ninho com outros animais, por conveniência ou por pura preguiça mesmo.
Alguma aves enfeitam o ninho e outras não aceitam acasalar com um par que não saiba construir um ninho adequado.
Alguns invadem os ninhos dos outros e lhes impõe os filhotes, e outros fazem ninhos a prova de invasões.
O maior ovo do mundo
Acredita-se que o maior ovo do mundo tenha sido do pássaro elefante de Madagascar (já extinto). Com 3m de altura essa ave colocava ovos de até 11kg.
embora os ovos de avestruz sejam grandes, quando se faz a relação com o tamanho do corpo, o campeão é o Kiwi da Nova Zelândia.
Cada ovo de Kiwi, de cor creme, chega até 25% do peso corporal da mãe. E o filhote leva de 9 a 12 semanas pra nascer.
Costurando o ninho
A fêmea do passarinho-alfaiate de cauda longa faz seu ninho juntando duas folhas verdes que ela costura com fios tirados de teias de aranhas.
Além de mais resistentes ao clima e à água as folhas verdes também servem de camuflagem para o ninho.
Ela forra com folhinhas secas e leva cerca de 4 dias pra construir o ninho.
Ninho do bico-de-lacre
O ninho abaixo, foi encontrado caído no chão em um estacionamento, e socorrido antes de ser esmagado por um pneu de algum carro.
Como não havia nem sinal da mamãe passarinha por perto, o melhor a fazer era procurar ajuda.
Ao procurar ajuda, a Jurema descobriu tratar-se de um ninho de bico-de-lacre. E estão agora vivendo soltos no sítio, com muito mais chances de sobreviverem.
Veja algumas fotos do bico de lacre, na página sobre passarinhos.
Ainda sem penugem, os passarinhos abaixo acabaram de sair dos ovos.
As 3 fotos abaixo são de um ninho de João-de-pau (da família Furnariidae), também conhecido como rega-teutônio, joão-garrancho, joão-graveto, joão-graveteiro, carrega-pau, guacho e joão-peneném.
As fotos foram feitas por Wolfgang Denecke, na área rural, no município de Cajurú, interior de São Paulo.
Algumas outras aves, como a cambaxirra, fazem ninhos parecidos com esse.
A fêmea do tentilhão dourado (abaixo) põe os ovos em julho e assume sozinha a responsabilidade de incubá-los.
O macho visita-a muitas vezes para trazer comida.
Os pássaros chamam um ao outro usando um gorgeio que ajuda o macho a reconhecer a fêmea.
Abaixo canarinhos no ninho.
Araras ( na foto abaixo) fazem seu ninho no paredão de pedra.
O difícil acesso protege da maioria dos predadores.
E os periquitos fizeram seu ninho no oco de um galho.
A avestruz, a maior ave existente atualmente, não sabe voar, por isso faz seu ninho numa depressão no chão.
O macho tem uma fêmea principal, ele acasala com outras que põem ovos…mas não podem chocá-lo. Quem choca todos os ovos é a fêmea principal.
Um filhote solitário no ninho, esperando a mãe que foi conseguir seu alimento.
Truques para a preservação dos ovos
o bico e os olhos negros da Andorinha-fada (na foto abaixo) contrastam com sua plumagem branquinha.
A andorinha-fada tem um modo estranho de esconder seus ovos. Elas equilibram seus ovos em pequenas saliências pouco maiores que os ovos, em árvores ou rochas.
Elas botam ovos em qualquer mês, não existindo uma época preferencial.
O ovo fica equilibrado perfeitamente e o macho e a fêmea se revezam para chocá-lo. Quando o filhote nasce, tem que ficar imóvel até que possa voar (uns 5 meses) ou pode até cair.
Por mais estranho que seja o local escolhido, o casal sempre usará o mesmo ninho, durante toda a vida.
A camuflagem também é uma técnica bastante utilizada. Os ovos saem parecidos com o local onde vão ser chocados.
Na época da procriação as andorinhas-fada põem ovos em locais estranhos como o nó do galho de uma árvore na esperança de passarem desapercebidos por predadores.
A importância do formato dos ovos
Embora os ovos de pássaros sejam todos ovais, há diferenças significativas entre as espécies. Os mais arredondados são de espécies que põem ovos em cavidades fundas, onde podem rolar sem cair. Os ovos das corujas são mais redondos do que a maioria e o de algumas andorinhas são finos e compridos. Os pássaros que fazem seus ninhos em rochas a beira de precipícios tem seus ovos com extremidades cônicas, para rolar em pequenos círculos. A casca da extremidade é mais grossa.
A casca dura dos ovos das aves é uma proteção contra predadores. Um predador inexperiente pode até desistir se a casca for muito dura, lisa e arredondada.
Um pica-pau cabeçudo (tem este nome por causa das penas ao lado das narinas) faz um buraco para o ninho.
Como ele usa o ninho novinho (que ele mesmo fez) em vez de aproveitar ninhos usados, também é um dos ninhos mais limpos.
Esses dois pássaros ainda não tem a plumagem completamente formada, e estão longe da época de deixar o ninho.
…e esses nem plumas têm ainda.
Ninhos de segunda mão
As aves em geral precisam de um lugar seguro para colocar seus ovos.
Algumas constroem seus próprios ninhos (como o pica-pau cabeçudo), outras preferem usar ninhos que foram abandonados por outras aves.
O pica-pau dourado quase sempre faz seu ninho em cactos gigantes.
Além de ser um verdadeira fortaleza por causa de seus espinhos, o interior macio e esponjoso do cactus mantem uma temperatura e humidade agradáveis. Facilita muito para quem vive no deserto.
Quando os pássaros saem dos ninhos, os ninhos ficam cheios de parasitas e penas soltas.
Por isso são invadidos por cobras-cegas, que se alimentam desses parasitas, e por conveniência, a coruja-elfo (a menor coruja do mundo) divide o ninho com as cobras-cegas.
Pássaros babás
Os filhotes mais velhos dos pássaros canoros das Seicheles ajudam a criar a última ninhada, o que ajuda a chance de sobrevivência dos filhotes.
Hospedados
Essa coruja com pose de dona da casa, na verdade é uma hóspede. Embora as corujas possam cavar suas próprias tocas, preferem dividir o abrigo com uma tartaruga por exemplo a ter que cavar seu próprio abrigo.
O João de barro constroi seu ninho antes mesmo de escolher uma fêmea, e com o ninho pronto e bonitinho fica bem mais fácil aparecer uma pretendente.
Quando formam um casal geralmente passam a vida inteira juntos, e a menos que o ninho seja destruido, usam o mesmo ninho o resto da vida.
Curioso é que se a fêmea acasala com outro macho, o companheiro “traído” a prende dentro do ninho, fechando a porta com barro. Mesmo sabendo que vai morrer ali, a fêmea se deixa prender.
Saiba mais sobre o João-de-barro
Postura em quantidade para o sucesso da reprodução
Como muitas outras aves (galinha, pato), a fêmea do faisão não coloca todos os seus ovos de uma só vez, ela vai construindo aos poucos a sua ninhada. Ela põe até 20 ovos, mais ou menos um por dia. Mas só depois de completar a postura é que começa a chocar. O interessante é que todos nascem exatamente no mesmo dia.
A fêmea do faisão rola seus ovos para que as membranas não grudem na casca.
Reaproveitamento de ninhos
Um pinguim de Fernão de Magalhões aproveita a toca abandonada por um coelho.
O ovo de pinguim, é rolado para cima dos pés do macho, e ele carrega o ovo entre seus pés e sua barriga, para que fique sempre aquecido.
Pássaro-mosca
Para protejer os ovos contra predadores do alto das árvores, o pássaro-mosca pendura seus ninhos em galhos finos.
Os ninhos têm entradas falsas, para garantir a segurança dos filhotes. A entrada visível perto do alto do saco não tem saída, para que os predadores pensem que o ninho está vazio.
Perto desta entrada fica a entrada verdadeira, uma fenda pequenininha que abre com dificuldade e fecha naturalmente logo atrás do passarinho.
Os machos constroem os ninhos com pedaços de plantas fibrosas e pelos de animais.
Eles começam o ninho com um único fiapo que é preso em volta de um graveto, depois colocam mais fiapos e formam um entrelaçado até fazer uma cestinha. Olhando parece ser feito de feltro.
Assim como os artesãos que fazem tapetes amarram pequenos fios de lã em fibras mais grossas, esses passarinhos amarram curtas fibras de plantas na sua tecelagem.
Terminado o ninho o macho procura uma fêmea, e ela forra o ninho com fibras macias e põem de 5 a 6 ovos que irão nascer em 2 semanas.
Os filhotes aprendem a voar em 3 semanas.
Esses ninhos são tão fortes que tem gente que até usa um ninho abandonado como chinelo ou bolsa.
Teia de aranha pra fixar o ninho
O papa-mosca embabadado usa teias de aranha para prender seu ninho.
Ele tem este nome por causa do babado branco que faz com suas penas do pescoço ao fazer a corte.
Muitas aves usam teia de aranhas para fixar seus ninhos, como é o caso também das touti-negras (pássaros de gruta ou pássaros de cachoeira) que usam teias de aranha para fixar seus ninhos atrás de cachoeiras.
Abaixo, o ninho de um falcão-peregrino.
Mantendo a temperatura dos ovos
A maioria dos ovos pode sobreviver quando a temperatura cai dos 37 para os 25 graus, mas se subir para 39 a maioria não sobrevive.
Por isso algumas aves, como a cegonha do pescoço preto molham seus ovos com água para refrescá-los.
Ninhos aquáticos
Da mesma forma que se construiam fossos em torno de castelos, algumas aves constroem seus ninhos com uma barreira aquática, para proteção.
O pica-parras constroi um ninho e no início da estação eles abandonam o ninho que provavelmente seja re-utilizado por uma andorinha preta.
Dança de acasalamento do pica-parras
A andorinha preta (abaixo) as vezes se utiliza de um ninho já construido, na água.
Invasores de ninho
Aldeias inteiras de ninhos são tecidos pelas oropendolas fêmeas, que põem seus ovos nesses ninhos compridos da foto ao lado.
Os anús invadem esses ninhos e põem seus ovos junto com os ovos da oropendola, que tolera por que os filhotes dos anús nascem antes e comem as larvas da mosca do berne, que atacariam seus filhotes.
É uma boa troca…
As vezes fazem tantos ninhos que o galho se quebra. Elas usam folhas de bananeiras e ramos de trepadeiras para construir os ninhos.
Essas aves alimentam-se de frutas, sementes, insetos e outros pequenos animais.
A fêmea sempre constroi o ninho sozinha, sem qualquer ajuda do macho, que passa o tempo todo cantando e exibindo-se para atrair outras fêmeas (isso não lembra um certo colega? rsrs).
Seu harém pode chegar a 40 fêmeas que constroem seus ninhos perto uns dos outros, e se ajudam mutuamente a cuidar de seus filhotes.
Diversos tipos de aves fazem ninhos pendurados, a salvo de boa parte dos predadores.
Os cucos, trocam um ovo de um ninho de uma outra espécie por um ovo de cuco (escondido logicamente).
Se os donos do ninho não percebem, acabam perdendo toda sua ninhada e criando apenas o filhote do cuco.
Desde a hora que nasce o filhote de cuco tenta livrar-se de toda a concorrência.
Na foto ao lado, um filhote de cuco (que não por acaso nasce antes do que os filhotes comuns) jogando pra fora do ninho os outros ovos que já estavam lá, e cujos filhotes que nasceriam competiriam com ele por alimento.
Inversão de papéis
A Jassanã de crista, também conhecida como Pássaro de lótus e pássaro do lírio, faz ninhos em terras alagadas, no norte da Austrália.
Essa espécie tem um comportamento diferente da maioria das aves, invertido. sendo a
A fêmea é maior e mais colorida, além de mais brigona e mais eficiente para espantar cobras d’água.
O macho, constroi o ninho, choca os ovos e cuida dos filhotes (marido perfeito? rsrs).
As fêmeas em média possuem até 4 machos e põem ovos nos ninhos que pertencem aos pais.
Convivência com humanos
Esta Cambaxirra da foto ao lado fez seu ninho numa sacola, dentro de um galpão.
As pegas da Austrália constroem seus ninhos em postes de luz, e as gaivotas rissas se costumam fazer ninhos em telhados.
Cegonhas em telhados e postes de luz e as corujas em torres de igrejas.
Falcões peregrinos fazem ninhos em janelas de predios (parecem com penhascos).
Nós invadimos seus espaços e eles se adaptam como podem.
Um anel de capim as vezes pode ser a base de um ninho.
O macho tecelão escolhe onde vai ser o ninho, recolhe pedaços de folhas, de trepadeiras e talos de capim.
Amarra tudo e faz um anel que servirá de base para seu ninho.
Quando pronto, o ninho fica parecendo com um caracol, com a entrada para baixo.
O macho pode demorar uma semana para construir o ninho. Quando o ninho está pronto ele pendura-se embaixo do ninho e bate as asas para atrair uma fêmea.
Enquanto ele não souber construir um ninho decente….nada de namorar.
Um ninho de tecelões suspenso em um galho é uma estrutura complexa de grama trançada. Demora pra ficar pronto. Mas, se a rotina do pássaro for interrompida, e uma parte do ninho for estragada, ao invés de consertar o estrago, ele rasga o ninho todo em pedaços e começa tudo outra vez.
Casa de inverno
Um papagaio de ombro dourado empoleira-se no imenso cupinzeiro que ele escolheu como casa.
Algumas aves retornam ao mesmo ninho ano após ano, refazendo o buraco que os cupins já haviam tampado.
Para o papagaio (que tem o bico duro), os cupinzeiros amolecidos pela chuva são fáceis de escavar.
Algumas vezes os cupins fazem de tudo para não deixar, passam a noite tentando fechar a entrada do ninho, mas não adianta, pois logo cedo ela já abre novamente. Na maioria das vezes eles acabam desistindo.
O martim-pescador australásio sagrado também prefere se abrigar em um cupinzeiro.
Ninhos comestíveis
Do ponto de vista culinário, os ninhos de andorinha mais apreciados são os construidos apenas com saliva.
Como os homens retiram o ninho antes que elas ponham os ovos, e como não há mais saliva suficiente para reconstruir os ninhos, elas misturam a saliva restante com qualquer material.
Casas de difícil acesso
Verdadeiras cidades em penhascos abrigam aves marinhas.
para muitas aves esté é o tipo de ninho ideal, pois mantém os ovos longe de predadores
Dividindo o espaço amigavelmente
Alguns animais fazem um ninho tão grande que outros podem utilizar uma parte sem serem importunados.
É o caso do agapornes que fez sua casa numa parte do ninho de tecelões (enorme, quase metade da árvore)
Ninho pronto para atrair a fêmea
O tecelão mascarado pendura-se sob o ninho e tenta atrair uma fêmea para acasalar e chocar os ovos.
As vezes ele tem que construir vários ninhos até que a fêmea goste, e aí sim,ela o aceita (quem casa quer casa..rs).
Reforma do ninho já existente
O pica-pau cinza diminuiu a entrada de um ninho já existente. Uma reforma necessária para adaptar o ninho ao seu tamanho.
Cuidados Paternos
Os azulões machos dão preferência às filhas na hora de alimentar os filhotes, dando às meninas o dobro de comida que dão aos meninos.
Já a fêmea não faz nenhum tipo de distinção na hora de alimentar os filhotes.
Talvez os machos achem que os meninospossam ser seus concorrentes no futuro.
Já o búcero, alimenta a fêmea e os filhotes até que eles aprendam a voar sozinhos. Assim a fêmea fica livre para aquecer e proteger os filhotes.
Higiene?
O azulão sempre utiliza ninhos abandonados, as vezes por mais de uma espécie de pássaro.
Digamos que ele é o que menos se preocupa com a higiene do próprio ninho.
Leite de pomba
No verão a fêmea da pomba frugívola põe um único ovo, que abre entre 14 a 18 dias. Os pais alimentam o filhote com alimento que eles vomitam, o chamado leite de pomba.
O filhote estará pronto pra voar em duas ou três semanas, quando todos sairão a procura de frutas maduras.
Diamante gold em seu ninho.
Os Diamantes-gold são aves pacíficas e gregárias que gostam de companhia, por isso na natureza, vivem em grandes bandos. Os machos não lutam entre si e, mesmo durante a época de acasalamento, vivem em paz no grupo.
A escolha do ninho é feita com muito cuidado. Eles só usam os ninhos que estivem perfeitos. O casal escolhe buracos com uma profundidade bem comprida deixando seu interior bem escuro. Quanto mais escuro melhor.
Muitos animais procriam no verão
Muitos animais preferem ter filhoes no verão, pois é mais fácil conseguir comida para os filhotes.
Os pássaros preferem acasalar na claridade, e os dias são mais longos na primavera.
Os filhotes saem dos ovos no verão.
Os pássaros canoros grandes alimentam suas ninhadas com as lagartas de mariposas de inverno. Os ovos das mariposas eclodem na primavera, quando surgem novos brotos de carvalho (que as lagartas de mariposas comem).
Quando crescem as lagartas viram comida dos filhotes de pássaros grandes – em três semanas, um filhote come em média 8 mil lagartas.
Não da pra ver direito se são dois ou tres filhotinhos no ninho abaixo.
Ao fundo dá pra ver uma porta e até uma mesa, o que indica que esta foto foi feita no quintal de uma casa e não na floresta.
Passarinho esperando a comida, em ninho feito nas folhagens.
Quando eles são assim pequenininhos a boca parecer ser até maior do que o rosto.
Patos, marrecos, gansos e cinses, assim como as galinhas, podem fazer ninho na grama alta ou em “galinheiros” quando em cativeiro.
Ocupando os ninhos vazios
Este casal de periquitos resolveu aproveitar a casa que algum casal de joão-de-barro começou a fazer ( note que a portinha não está pronta).
O tuim costuma usar ninhos vazios de joão-de-barro e de pica-paus pequenos.
As posturas podem ir de 3 a 8 ovos e são incubados pela fêmea, mas o macho também pode ficar bastante tempo dentro do ninho.
No habitat natural o período de incubação é de mais ou menos 17 dias.
Com 20 dias estão cobertos de penas e deixam o ninho na quarta ou quinta semana de vida.
Esses dois filhotes (que estão dentro de uma gaiola) parece que resolveram protestar virando o ninho.
Ninho de um beija-flor, com um ovo e um filhotinho recém-nascido.
Os flamingos organizam verdadeiras creches, mantendo todos os filhotes do bando juntos.
As casas decoradas dos pássaros-jardineiros
Antigos exploradores da Nova Guiné, ao encontrarem nas florestas essas cabaninhas de sapé de 1m de altura, pensaram que fossem casinhas de bonecas, ou de pigmeus.
Mas as cabaninhas foram construídas pelos pássaros-jardineiros, parentes das aves-do-paraíso.
As florestas tropicais da Nova Guiné e do nordeste da Austrália tem tantas árvores frutíferas, que em pouco tempo os pássaros comem tudo que comeriam em um dia e assim ficam com tempo livre para fazer a corte, acasalar e construir e enfeitar cabaninhas.
Os machos das 18 espécies de pássaros-jardineiros constroem casinhas para acasalar.
A Recepção com flores
Esse grande pássaro-jardineiro está na porta da sua casa, toda enfeitada com hibiscos e conchas.
A maioria decora os ninhos com objetos naturais ou até feitos pelo homem, como asas de borboleta, flores, penas, conchas, pedaços de pano, louças ou tampas de garrafas.
As casinhas mais simples pertencem aos pássaros-gatos da Austrália. O macho limpa uma área no chão da floresta e forra-a com folhas, deixando o lado mais claro para cima, para poder ser visto no escuro.
Conforme essas folhas vão murchando, ele vai trocando por novas e fica cantando por perto até a chegada de uma fêmea disposta a acasalar.
Depois, ela voa para longe, põe seus ovos e cria a ninhada sozinha – a casinha é só pra acasalar.
As casinhas das árvores de maio são feitas de pequenos galhos empilhados em volta de uma árvore nova. Os dos pássaros-jardineiros dourados da Austrália são dos mais caprichosos. Quando sua pilha de galhos atinge a altura de l,2m, o macho repete a operação numa árvore ao lado. Depois, usa um galho entre as duas árvores como poleiro para exibir-se para as fêmeas.
Fazendo a corte
Os pássaros-jardineiros machos constróem avenidas, fincando galhos de pé em duas filas paralelas do norte para o sul. Eles pintam as paredes internas com uma mistura de saliva, carvão e papa de frutas e, depois, decoraram com objetos brilhantes.
A maioria das fêmeas prefere o azul. Como é difícil encontrar penas e flores azuis na natureza, a casinha decorada com essa cor certamente atrairá uma fêmea. Quando a fêmea entra na casinha, o macho pega uma de suas decorações e fica na frente da fêmea, abanando a cauda e cantando (exibindo-se mesmo). Pouco depois, eles acasalam.
Um ninho por trás de uma cortina d’água.
As tordas mergulhadoras constroem ninhos abobadados e cheios de musgo em buracos em paredes de pedra debaixo de pontes, em margens de difícil acesso, ou atrás de cachoeiras, e forram os ninhos com folhas e grama.
Esse ninho fica perto da comida, e é de difícil acesso aos predadores.
Elas alimentam-se mergulhando na água corrente de rios para comer pequenas criaturas.
Ao contrário da torda europeia de plumagem opaca, a torda da Ásia é toda marrom, sem o branco no peito e no pescoço. A torda marrom volta para o ninho salpicado de água, por trás de uma cachoeira, onde seus quatro a cinco filhotes vivem de três a quatro semanas.