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Golfinhos

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Classificação – Nome popular Golfinhos  Nome científico:Delphinus delphis
Tamanho:2.4 metros de comprimento
Peso:70 a 110 quilos
O golfinho é um mamífero – vive no mar, mas não é peixe.

Habitat

Existem em águas tropicais e temperadas de todos os oceanos, inclusive em mares interiores, como o Mediterrâneo, o Mar Vermelho e o Mar Negro.
Vive tanto em águas costeiras como em oceânicas, principalmente em regiões onde o relevo de fundo é bem acidentado.
É fácil ver golfinhos próximo a borda da plataforma continental.
No Brasil, aparece desde o Rio Grande do Sul até o Nordeste.

O poder de cura dos animais

Golfinhos mantidos em cativeiro na Flórida brincam e comunicam-se com crianças autistas e deficientes, que saem da água mais calmas e felizes. Os golfinhos selvagens também têm desempenhado um papel de cura em todo o mundo. Em alguns lugares ao longo da costa da Inglaterra e Irlanda, golfinhos selvagens fixaram residência em bancos de areia e nadam e brincam com os homens, saltando perto dos barcos e cutucando nadadores.
Há registros de golfinhos que ajudaram a curar pessoas que sofriam de depressão profunda. Muitos estudiosos desses animais estão convencidos de que eles têm uma influência terapêutica especial na mente humana. O contato com golfinhos produziu um efeito emocional poderoso em alguns pacientes com problemas mentais.

golfinho

Características dos golfinhos

É caracterizado por seu corpo delgado e bico fino, seu dorso é escuro, e o ventre claro.

Muitas vezes a nadadeira dorsal possui uma mancha clara no centro, em ambos os lados.

Possui de 80 a 120 pares de dentes pequenos e afiados.

Pode viver mais de 20 anos.

O golfinho-comum pode mergulhar até 280m, ficando submerso por cerca de oito minutos.

Alimentam-se de peixes e lulas.

Seus principais inimigos naturais são os tubarões e as orcas.

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Reprodução

A maturidade sexual das fêmeas acontece quando atingem cerca de 1,6m e dos machos com 1,7m. A gestação dura de 10 a 11 meses. Filhotes nascem com cerca de 0,8 a 0,9 m.

A amamentação dura pelo menos 14 meses. O intervalo entre as crias é de dois a três anos.

golfinhos

Comportamento

Formam grandes grupos constituídos por animais de ambos os sexos e todas as idades. Em regiões profundas, os grupos podem ter centenas ou até milhares de animais. Em regiões costeiras o tamanho de grupo varia entre 10 a 500 indivíduos.

Esta espécie apresenta fortes vínculos sociais.

Pode formar grupos mistos com outros cetáceos.

São ágeis, velozes e acrobatas.
Saltam e nadam na proa de embarcações.

As vocalizações incluem vários estalos e assobios.

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A mamãe golfinho, quando o filhote nasce, empurra-o para a superfície para respirar pela primeira vez.

Os golfinhos e as belugas, algumas vezes, fazem a mesma coisa para ajudar pessoas que estejam se afogando.

Mergulho com golfinhos

Para mergulhar com golfinhos em seu habitat natural

A ilha caribenha Roatan
Ilhas Bay de Honduras
Miami
Açores

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Palau – Não deixar de ir a Blue Hole e Chandelier Cavern

Com destaque para Grand Bahama – Lindos jardins de corais, muitos golfinhos e os buracos azuis que fazem parte do segundo maior sistema de cavernas submarinas do mundo e ficam no Parque Nacional Lucaio.
Há várias operadoras de mergulho que levam até as cavernas (desde que tenha certificado para mergulho em caverna).
Grand Bahama é um dos poucos lugares onde se pode mergulhar com golfinhos em seu habitat natural. Isto ocorre por meio do programa “Mergulho com Golfinhos” da Underwater Explorer’s Society (UNEXSO, sociedade dos exploradores submarinos).
Neste mergulho os mergulhadores se encontram com os golfinhos em alto-mar, a cerca de 1,5 km da costa.

Golfinhos em cativeiro parcial

Roatan – Os Animais são mantidos em cativeiro para pesquisa e liberados ao mar para este mergulho. Golfinhos nariz de garrafa

Mergulho com Golfinhos em aquário

no Japão – Shimoda Aquarium
região de Shizuoka
www.shimoda-aquarium.com
Cozumel – México – Mergulho em aquário

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Locais mais conhecidos no Brasil para mergulho com golfinhos

Os mergulhos com golfinhos no Brasil são em sua maioria em mar aberto.
O golfinho aparece em todo o litoral brasileiro e muitas pousadas possuem convênio com operadoras de mergulho das cidades, para proporcionar atividades como barco de passeio, mergulho com golfinhos, mergulho noturno e outros.
Um dos principais locais para mergulho com golfinhos no Brasil é Fernando de Noronha.
Aliás, este ano o Projeto Golfinho Rotador comemora 20 anos
Abrolhos – Parque Nacional protegido pelo IBAMA
Apresenta uma formação de corais única no mundo e também é possível avistar baleias jubarte.
Santos – SP
Angra dos Reis – Ilha Grande tem águas claras e naufrágios.
Enseada das Palmas, Lagoa Azul, Praia Vermelha e Lopes Mendes.
A Ilha de Jorge Greco é uma das que tem maior diversidade de flora e de fauna.Parati – RJ
Floripa – SC – A Ilha do Campeche, o costão da Praia da Lagoinha, no Norte da Ilha, perfeito para quem está começando.
Ilhas costeiras como a do Coral, Moleques do Sul e Ilhote do Siriú.
Alguns locais com acesso um pouco restrito, mas onde se pode ter bons mergulhos são as ilhas da Paz, em São Francisco do Sul, dos Lobos e a pedra de Campo Bom, nas proximidades de Laguna.
Laje da Pinheira também apresenta boa biodiversidade, sendo comum encontrar cações e baleias.
Bombinhas – SC – Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, referência de biodiversidade, e a Ilha do Campeche, Patrimônio Arqueológico e Paisagístico Nacional.
As ilhas do Arvoredo, Galé, Deserta e Calhau de São Pedro ficam na região onde acontece o encontro das águas claras e quentes da Corrente do Brasil – proveniente do Norte – com as águas frias e ricas em nutrientes da Corrente das Malvinas. Esse fenômeno proporciona grande biodiversidade marinha, reunindo espécies da fauna tropical com exemplares do Sul do continente.
Os mergulhadores podem observar garoupas, meros, polvos, arraias, lulas, vieiras, lagostas, tartarugas e diversas outras espécies. Golfinhos, baleias e pingüins também visitam esta área.

Os golfinhos interpretam os ecos para pesquisar a paisagem marítima

A visão debaixo d’água é sempre limitada, particularmente onde a água é toldada por fragmentos de rocha ou algas. Assim, os animais que aí vivem dependem dos outros sentidos que não a visão.

Os mamíferos, como as baleias e os golfinhos, “vêem” através do som.

Além dos assobios de alta frequência que usam para se comunicar, os golfinhos produzem estalidos que rebatem nos objetos e fornecem informações sobre a paisagem marítima à sua volta, um processo chamado ecolocalização (parecido com o dos morcegos).

Os ecos que retornam, após ricochetearem num alvo, não entram no canal auditivo dos golfinhos, mas são captados pelos dentes de sua mandíbula inferior, que absorvem as vibrações sonoras e as transferem para o osso fino da mandíbula, até o ouvido médio através de um canal.

Os estalidos do golfinho, alguns dos quais são muito altos para o ouvido humano detectar, são produzidos por um complexo sistema de canais abaixo do orifício nasal no alto da cabeça.

Eles passam por sua testa bulbosa, que contém um corpo gorduroso conhecido como “melão” e que os impulsionam dentro d’água, partindo da testa num ângulo de 9 graus, no caso do golfinho nariz-de-garrafa.

Se o ângulo fosse menor e o feixe um pouco mais intenso, a energia do som se transformaria em calor. O feixe permite que o golfinho encontre e identifique pequenos objetos a grandes distâncias.

Um nariz-de-garrafa pode localizar uma bola do tamanho de uma tangerina a 113m de distância.

Defesa

Quando ameaçados os golfinhos podem reagir agindo como carneiros submarinos, matando tubarões predadores com repetidas cabeçadas, em alta velocidade, com seus focinhos.

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Análise de alta velocidade

A velocidade na qual o golfinho produz estalidos, até 700 estalidos por segundo, é rápida demais para a capacidade analítica do ouvido e cérebro humanos. Com 20 a 30 estalidos por segundo, nosso ouvido mistura os sons. Portanto, para nós, os estalidos usados na ecolocalização parecem o rangido de uma dobradiça enferrujada. Mas o golfinho consegue distinguir cada minúscula parte do som.

Os ecos que retornam informam-no sobre a estrutura de um objeto que ele está investigando e se esse objeto é animado ou inanimado. Os golfinhos em cativeiro podem distinguir entre pratos de cobre e de alumínio pintados da mesma cor, e diferenciar um tubo oco de um compacto.

A maior parte do grande e complexo cérebro do golfinho analisa os ecos que retornam e fornecem informações detalhadas sobre seu meio ambiente, os movimentos e a composição de sua presa, e as posições e atividade de outros golfinhos do grupo.

Como normalmente alimentam-se à noite, quando a visibilidade sob a água é precária, os golfinhos utilizam o som dos ecos para encontrar sua presa, um peixe ou uma lula, por exemplo.

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Os golfinhos cooperam na caça aos cardumes

Os golfinhos da costa da Argentina caçam anchovas com toda a coordenação de tropas bem treinadas. Nas manhãs de verão, grupos de até quinze golfinhos movimentam-se nas águas profundas, usando seus órgãos de ecolocalização altamente desenvolvidos para rastrear grandes cardumes de peixinhos prateados.

Durante a caçada, eles nadam em fila lado a lado. Quando o cardume é encontrado, um grupo sai da fila e começa a nadar fazendo movimentos circulares que vão se estreitando em torno das vítimas. Quando os peixes assustados sobem à tona, todos os golfinhos juntam-se para comê-los.

Mas eles não estão sozinhos — as aves marinhas são atraídas pelo tumulto e mergulham para participar da festa; atacam os peixes que estão na superfície e os golfinhos os engolem debaixo da água.
As aves, por sua vez, servem para indicar o lugar do almoço para outros golfinhos a quilômetros de distância. O cerco em torno dos peixes aperta-se quando aparecem mais golfinhos, e o frenesi dura mais tempo.

O repertório de sons contribui para uma ativa vida social
Há mais de dois mil anos, os seres humanos são fascinados pela rica e variada linguagem do golfinho.
Dos assobios de baixa frequência aos estalidos de alta frequência, eles parecem conseguir expressar uma grande variedade de ideias e emoções.

O golfinho faz ruídos com dois objetivos — a troca de mensagens com os companheiros e o recebimento de informações sobre o ambiente, sobretudo a disponibilidade da caça aos peixes.

Eles reservam a extensão total de seu repertório para a comunicação. Cada grupo com uns 30 diferentes tipos de som, entre eles um assobio balizado que, embora lembre o da sua mãe, é exclusivo.
Outros incluem estalidos furiosos entre os machos agressivos, e risadinhas íntimas trocadas quando os machos e as fêmeas se acariciam.

Os pesquisadores tentam compilar um dicionário de sons dos golfinhos.
Eles também procuram descobrir exatamente como os golfinhos conseguem produzir uma gama de sons com tanta variedade.

O golfinho havaiano do Pacífico é uma criatura sobretudo social, que vive em grupos de vinte a mil ou mais membros. O tamanho do grupo depende da sua atividade e localização. Durante o dia, esses golfinhos ficam na costa em pequenos grupos, a salvo de predadores. Ao cair da noite, começam a reunir-se em números maiores, indicando a disposição de partirem à caça em águas mais profundas. Sua atividade começa a aumentar (eles saltam da água e rodopiam no sentido longitudinal) e depois há um estágio em que todos ziguezagueiam juntos pela água. Por procurarem alimentos em grande número, os golfinhos podem esquadrinhar com mais eficiência grandes áreas do oceano. A caça de peixes, às vezes os grupos se revezam, mas permanecem em estreito contato. Para coordenar esses grandes números, cada golfinho comunica-se o tempo todo com outro, através de estalidos, assobios e curtas emissões de som.

novo10Os golfinhos são sócios na pesca

Os pescadores de Laguna, uma cidade costeira ao sul do Rio de Janeiro, observam os golfinhos de nariz-de-garrafa, seus parceiros de pesca. Devido à turvação da água, os pescadores não conseguem enxergar as tainhas que pretendem pescar com suas redes, então contam com um ou dois golfinhos que nadam um pouco afastados.
Um dos golfinhos submerge, um sinal para os pescadores de que ele localizou um cardume e vai atraí-lo naquela direção. Redes a postos, eles aguardam o golfinho aparecer na superfície e nadar em direção à costa, até o momento em que desaparece num mergulho. É o sinal para os pescadores arremessarem suas redes. Enquanto eles recolhem as tainhas, o golfinho come algumas que escaparam da rede. Essa parece ser a única coisa que interessa a ele. Os pescadores, por sua vez, também se beneficiam — pegam grandes quantidades de peixes em pouco tempo.

Gratidão sem garantia

Os golfinhos de Laguna (SC) são conhecidos em todo o mundo por serem capazes de atrair os peixes na direção dos pescadores, que esperam na costa ou em barcos, munidos de arpões ou redes. Esse hábito parece ter sido passado de geração para geração de golfinhos, pois, segundo registros da cidade, os pescadores locais usufruem essa sociedade desde meados do século XIX. Mas não são todos os golfinhos da região que dominam a técnica — os pesquisadores estimam que existe um grupo de 25 a 30 “especialistas” numa população de 200 golfinhos, Mas aqueles que realmente ajudam os pescadores são extremamente esforçados, caçando e arrebanhando os peixes por uma hora ou mais, antes de passarem a tarefa para outro golfinho.
A cooperação entre golfinhos e pescadores é relatada há séculos — poetas gregos e romanos já narravam pescarias à luz de tochas com o auxílio dos golfinhos. Os golfinhos parecem ter gostado do trabalho e de serem bem recompensados.

No entanto, a pesca comercial moderna do atum, no oceano Pacífico, da Califórnia aoChile, oferece uma ameaça aos golfinhos. Eles são associados aos atuns da barbatana amarela, que nadam em grandes cardumes em baixo dos golfinhos. Os atuns beneficiam-se da capacidade do golfinho de encontrar presas por ecolocalização, e os golfinhos monitoram qualquer reação de medo que os atuns tenham quando os tubarões se aproximam.

Quando o golfinho vem à superfície respirar, denuncia a localização dos atuns para os barcos pesqueiros. Ambos, golfinho e atum, ficam presos nas redes e, apesar das tentativas para libertar os golfinhos, muitos deles morrem afogados. A despeito das recentes melhorias nas redes, muitos golfinhos ainda são mortos.

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Os golfinhos nadam em volta do filhote que respira na superfície para protegê-lo de qualquer ataque.

O grupo é mantido junto, atraído pelos chamados do filhote.

Mais:

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