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AiAi

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Os ai-ais (Daubentonia madagascariensis) são os Primatas mais estranhos, tanto que durante um bom tempo se pensava que eram roedores.

O nome, como já da pra imaginar, vem do grito dele.
Descoberto em 1780, somente muito mais tarde é que foi reconhecido como Prossímio.

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Os Daubentonídeos

Uma característica dos macacos dessa família é se parecer mais com roedor do que com Primata.
Têm apenas 18 dentes, sendo 4 incisivos, 2 pré-molares e 12 molares.
Os incisivos são de crescimento contínuo, como acontece nos Roedores.
Geralmente mede 40 cm de corpo e 60 cm de cauda.

aiai

O ai-ai é um animal que tem os dedos das mãos alongados e ligeiramente crispados, com as unhas curvas, o que o obriga a caminhar lentamente.
As duas últimas falanges do dedo médio são longas, delgadas e sem pêlos. Ele usa esse dedo para tirar insetos das fendas da casca das árvores (para comê-los). Ele vai batendo na madeira, e pelo som descobre onde está oco, e pode ter insetos.

Ele também usa esse dedo pra tomar água – põe na água e suga, umas 40 vezes num minuto.
Os membros posteriores possuem quatro dedos armados de garras.
O primeiro dedo, ou dedo interno, corresponde ao polegar e possui uma unha achatada, parecida com unha de gente.
As orelhas são grandes e sem pelos.

O Aiai é mais ou menos do tamanho de um gato.
O ai-ai não apresenta, à primeira vista, muita semelhança com os demais mamíferos.
A cabeça é grande, as orelhas são grandes, e os olhos pequenos, imóveis e brilhantes.
A boca lembra o bico de uma arara e o corpo é recoberto de pêlos rígidos.
A cauda é tufosa, e as mãos, com o dedo médio longo e fino.

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Basta vê-lo para imaginar que tem hábitos noctívagos.
Foge da luz e, mesmo que acordado, fica imóvel, e logo volta a se esconder da luz, tampando o rosto com a cauda peluda.
Ao pôr-do-sol, acorda e deixa seu refúgio, mas basta um raio de luz para fazê-lo correr e esconder-se.
À noite é ágil, e desloca-se mantendo a cauda em posição horizontal.
Vive, de preferência, nos bambuzais, no interior da ilha de Madagáscar, e gosta de cana-de-açúcar.
Alimenta-se de insetos e larvas. Para consegui-los, o ai-ai abre um furo em um tronco de árvore, com o auxílio dos incisivos(dentes), e com o dedo médio, retira os bichinhos que vivem sob a casca da árvore.
À noite, sobe nas árvores rapidamente e pode saltar de um galho para outro.
Às vezes ouve-se o seu grito, que lembra um grunhido surdo.
O ai-ai é considerado um dos mamíferos mais raros, sob todos os pontos de vista.
Infelizmente, as alterações feitas pelo homem em seu habitat natural ameaçam a existência dos últimos representantes desta espécie, que deverá estar extinta antes que se tenha tempo de estudá-la direito.

Os ai-ais eram encontrados nas florestas costeiras da ilha de Madagáscar, mas hoje, limitam-se à região compreendida entre Antalaha e Manajari.
A destruição contínua das matas costeiras condenou-os ao desaparecimento. Além disso, seu ritmo de reprodução é lento.
Parece que o ai-ai ainda existe em estado silvestre, em pequeno número. Tenta-se estabelecer uma colônia na pequena ilha de Nosi-Mangabé, a nordeste de Madagáscar, considerada como uma reserva integral.
Não há possibilidade de se encontrar este animal durante o dia. O ai-ai tem o olho avermelhado, e o olhar é fixo como o das corujas. Lento de movimentos, é manso e obediente. Medrosos e friorentos, andam em pequenos grupos, sempre juntos.