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Peixe Elétrico

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Hoje vamos falar sobre peixe elétrico.

Possuem um sentido que nós e a maioria dos outros animais não têm: o sentido da eletricidade.

peixe eletrico

Muitas grandes espécies de água doce são bem conhecidas por sua habilidade em gerar eletricidade; as Raias Elétricas, o Stargazer Elétrico, o Peixe-gato Elétrico da África e, o mais poderoso de todos, a Enguia-elétrica da África do Sul.

Já se verificou que estes peixes podem dar choques elétricos acima de 600 volts.

Eles utilizam sua eletricidade de alta-voltagem para atordoar inimigos ou presas.

Há, também, acima de duzentas espécies de peixes elétricos de baixa-voltagem.

Ao lado o peixe-faca africano, um peixe de baixa voltagem.

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A maioria destes peixes tem pequenos olhos recobertos de pele e são capazes de distinguir apenas entre o dia e a noite, mas o Peixe-faca africano tem olhos grandes com um fundo prateado atrás da retina direita, que lhe proporciona boa visão em luz fraca.

Peixes elétricos moderados usam sua eletricidade para navegar, procurar alimento, evitar inimigos e comunicar-se com outros da sua espécie. Eles chegam até a brigar, pela mudança de frequência para interferir na recepção de cada um. Produzem apenas de 3 a 10 volts em corrente dire-ta, porém sua vibração pode ser extremamente alta.

Alguns têm apenas duas vibrações por segundo, outros atingem até 1.600 por segundo. As vibrações são produzidas sem interrupção por órgãos elétricos, que são baterias de músculos convertidos, na cauda. A cada impulso a cauda do peixe torna-se momentaneamente negativa, e a cabeça positiva, transformando o próprio peixe numa espécie de barra magnética que produz um campo esférico de força elétrica ao seu redor.

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Ao lado o o Peixe-faca da América.

Notopterídeos são especialistas em nadar de costas.

Eles podem absorver oxigênio do ar e também produzir som.

Na foto ao lado o peixe Elephant- trunk da África.

Também conhecido como peixe-elefante,pertence à família Mormyridae.
É originário da África, vive em grupos e quando adulto alcança 35 cm.
Tem esse nome, porque sua mandíbula inferior tem o formato parecido com a tromba de um elefante.
Costumam pular fora d’água.

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Poraquê

CLASSE: Osteícteos
ORDEM: Cipriniformes
FAMÍLIA: Electroforídeos
GÉNERO E ESPÉCIE: Electrophorus electricus

No remanso lodoso e empedrado, quase nas bordas da cachoeira, o corpo sem escamas desliza serpeante, impelido por ondulações da longa nadadeira anal. Ao contrário das enguias, que pertencem a outra família de bichos, o poraquê não se locomove com ondulações do corpo; quase todos os impulsos provêm da nadadeira que lhe percorre o ventre.
Isso limita em parte a velocidade do bicho, que sofre de outras deficiências: a boca é pequena, os dentes, olhos e brânquias são minúsculos.

Para compensar tudo isso, nas caçadas vorazes que faz para sustentar o corpo de 1 metro, o poraquê dispõe de potentes geradores e acumuladores de eletricidade. É desses órgãos que ele depende para matar ou atordoar suas presas, algumas de certo porte, pois há poraquês que passam dos 2 metros, com diâmetro do corpo equivalente ao da coxa de um homem.
Cada um dos dois órgãos elétricos laterais atinge uns quatro quintos do comprimento total do corpo e chega a representar uns três oitavos do peso total.

As descargas que produzem podem matar quase toda espécie de peixe. Em certas exibições, pode-se fazer a corrente passar por fios para acender lâmpadas ou tocar campainhas de volume normal.
Mas o poraquê faz uso controlado dessa arma potente. Semidomesticável, ele pode receber alimento da mão do dono, que não leva choque ao tocá-lo suavemente.

peixe eletrico 5

Os órgãos elétricos do poraquê são muito parecidos com os da arraia-elétrica, do ponto de vista do funcionamento: placas alternadas, como as de uma pilha de Volta, mostrada na figura.

Mas do ponto de vista anatômico ocorrem várias diferenças. Na arraia-elétrica, as placas estão dispostas em duas pilhas verticais, de acordo com o plano longitudinal do corpo; no poraquê, ao contrário, as pilhas são horizontais. Nessa forma alongada, é mais fácil ao poraquê unir as extremidades e fechar o circuito.
Embora possa graduar voluntariamente a intensidade da descarga, o poraquê precisa fechar o circuito (contato dos pólos) para obter um choque eficaz.
Se tiver de emitir sucessivas descargas, em luta com bichos maiores, o poraquê descarrega literalmente sua pilha orgânica. Só o descanso a recarrega.

A descarga do poraquê é mais potente que a da arraia-elétrica: chega a mediar entre 200 e 300 volts e pode matar até um jacaré de 1 metro de comprimento.
Em alguns lugares do Brasil, os índios e caboclos usavam cavalos para pescar poraquê. Os quadrúpedes absorviam as descargas iniciais, mais fortes.

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