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Animais de água-doce

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Hoje vamos falar de animais de água-doce.

Animais que vivem em água doce, ou seja, rios, lagos, represas e lagoas.
Muitos animais vivem na água-doce, por exemplo tartarugascarpastralhotosbotos e peixes em geral.

porque o peixe de agua doce não vive no mar?

Porque a água do mar é mais concentrada do que a do rio.

Então, quando um peixe de água doce é colocado na água salgada ele perde água do seu corpo por osmose (a água passa do meio menos concentrado para o mais concentrado), já que seu corpo é menos concentrado que a água do mar.

Ele realmente morre desidratado

Tartarugas

As tartarugas são pertencentes à classe dos répteis e à ordem dos Quelônios.

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Tracajá

Os filhotes de tracajá tem manchas amarelas na cabeça, mas estas manchas vão desaparecendo conforme o a tartaruguinha cresce, até sumir completamente.
tracajá põe 20 ovos aproximadamente, que ficam incubados por um período de 90 a 220 dias.
Em geral, destes 20 filhotes, mas apenas 2 sobreviverão até se tornarem adultos.

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Tigre d’água

O tigre d’água (Trachemys dorbignyi),   é uma das maiores vítimas do comércio ilegal de animais.
Por ser muito bonito quando filhote (como o da foto ao lado), é  vendido com a promessa de não crescer e ficar com esta cor até se tornarem adultos, como se fossem “tartaruguinhas de aquário”.
Na verdade, em algum tempo perderão esta cor e crescerão bastante.
Algumas pessoas que compram, depois não tem onde mantê-las, pois estavam preparadas para manter tartaruguinhas de aquário, conforme prometido pelo vendedor, e acabam por abandonar os bichinhos.

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Carpa

Cyprinus carpio

Carpas vivem em rios e represas sendo encontrados nas regiões sul e sudeste do Brasil.

Botos

Os golfinhos de água-doce

Segundo lendas indígenas, o boto se transformaria em homem e seduziria as moças.

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Peixe siamês de briga

Os Peixes Siameses de Briga recebem esse nome devido à agressividade dos machos. Os peixes em liberdade têm alta noção de posse territorial.

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Peixe-gato

Os Peixes-gato, como os gatos, têm bigodes para sentir sua posição pelo toque.

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Peixe elétrico

Possuem um sentido que nós e a maioria dos outros animais não têm: o sentido da eletricidade.

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Ariranha

É um carnívoro semi-aquático pertencente à família Mustelidae.

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Lontras

Lontras são mamíferos, carnívoros, da família dos mustelídeos.

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Castor

Castor é um mamífero roedor que  faz diques em rios.

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Ornitorrinco

Ornitorrinco é um mamífero, ovíparo, que vive nos rios da Austrália.

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Jacaré

jacaré é um réptil que vive na água de rios e lagos.

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Algumas espécies, em vez de criarem suas próprias ninhadas depositam ovos nos vizinhos

Os cucos, que põem ovos nos ninhos dos vizinhos, não são as únicas criaturas que usam a paternidade com um mínimo de esforço.

Entre eles, uma espécie de barrigudinhos aproveita-se docuidados da perca japonesa de água doce com seu ninho e a escolhe como mãe adotiva da sua ninhada.
Os ovos da perca ficam depositados na parte inferior das hastes dos juncos, e o macho fica de guarda, cuidando.

Para enganar o macho e conseguir colocar os seus ovos junto com os da perca, os barrigudinhos saem nadando pela área em cardumes de até 20 peixes, põem seus ovos ao lado dos da perca e os abandonam ali para serem cuidados.
Da mesma forma que o cuco, os barrigudinhos escolhem o momento certo para isso, A perca para de vigiar os ovos assim que eles irrompem, por isso os barrigudinhos selecionam um hospedeiro que vigia ovos postos recentemente. Os ovos são conhecidos pela sua coloração (ficam mais escuros à medida que o embrião vai crescendo).
O lago Tanganica, na África, tem mais de 160 espécies de peixes que carregam suas ninhadas na boca. Há duas espécies que se aproveitam desse cuidado paterno. Um deles é o próprio ciclídeo, no qual os ovos e os filhotes normalmente abrigam-se na boca da mãe.

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Em geral, o pai ajuda na criação quando eles crescem e podem nadar por conta própria. Mas, se o pai for embora ou morrer, a mãe não é capaz de cuidar de todos sozinha, e deixa alguns com outro casal da mesma espécie.
Outro peixe com hábitos do cuco é o bagre, que deixa a tarefa de cuidar dos seus filhotes para o ciclídeo que procria na boca.
Como o bagre põe seus ovos na boca do hospedeiro é um mistério. Talvez ele os ponha na mesma hora que os ciclídeos e, de alguma forma, consiga misturá-los para que os ciclídeos não possam distingui-los. Uma vez lá dentro, os ovos do bagre são tão protegidos quanto os outros e, quando irrompem, os filhotes alimentam-se dos filhotes dos ciclídeos.

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Quando um rival macho desafia o ciclídeo, ele boceja e estica suas espinhas e nadadeiras, fazendo o sangue circular mais depressa em seu corpo, dando mais energia aos seus músculos para a iminente ameaça à vista e provável ataque ao intruso.
Bocejando, enrijece seus músculos, antes da investida (embora pareça, não é um bocejo de sono).

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Camuflagem

Muito conhecidos pela capacidade de camuflagem são os peixes folha (também conhecidos por linguado ou folha espinhosa do norte). Geralmente sobem estuários com a maré. Podem viver em água doce, porém no cativeiro adaptam-se melhor em águas salobras, do que em tanques tropicais de água exclusivamente doce.

Como outros tipos de folha, podem mudar sua cor para igualar-se ao ambiente em que vivem. Mas seus olhos giratórios, que ficam em torres acima da cabeça e rodando constantemente para procurar comida, ou observar se há perigo, podem atrair um predador.

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Mudanças de cores

As cores dos peixes mudam conforme seu estado de saúde, conforme as estações, e também conforme a emoções individuais.

Além disso, a mudança de cores serve de camuflagem contra predadores e para se tornarem visíveis para um companheiro ou rival.

Em muitas espécies, como o Barbo Rubi Preto, peixes novos, fêmeas e machos não reprodutores, igualmente são coloridos num efeito de luz interrompida e faixas verticais escuras, que ajudam um peixe a ficar quase invisível entre as algas.

Com a aproximação da época de procriação, o macho precisa exibir-se para as possíveis companheiras e intimidar rivais machos, e gradualmente vai ficando vermelho.

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Na época procriadora, os machos Firemouth Cichlids  ficam com os pescoços brilhantes. São peixes muito agressivos. Dois machos, num tanque podem brigar até a morte.

Machos de igual força, disputam lutas de empurrões com os lábios.

Muitas outras espécies de peixes podem empalidecer com o medo, ou intensificar suas cores à vontade. Se um grupo de Peixes-anjo for observado de perto, os indivíduos podem ser vistos mudando suas cores, à medida em que se movem.

Mudança de cor produzida pelo homem

Na natureza o peixinho ao lado (muito usado em aquários) é verde escuro, porém através de cruzamentos com outros peixes de cores vivas hoje exitem vermelhos, dourados e albinos.

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Mexilhões como pais adotivos

Bitterling são peixinhos prateados, encontrados em lagos e rios de pouca correnteza, famosos por seus hábitos de postura. As fêmeas põem ovos no interior de mexilhões de água doce.

Como os mexilhões fecham a casca ao menor sinal de perigo, o problema seria – como botar seus ovos dentro dos mexilhões.

Quando a época de reprodução se aproxima, o tubo de desova (ou “ovopositor”) da fêmea cresce e sua extremidade fica 50 a 75mm além da sua cauda. Ela o usa para introduzir os ovos no tubo respiratório pelo qual o mexilhão suga água, para que eles sejam arrastados para a câmara das guelras.

Porém, antes, ela precisa fazer com que o mexilhão relaxe para não fechar a casca enquanto ela desova. Para isso, fica cutucando-o com a boca até que ele se acostume com o incomodo.

Quando a fêmea desova, o bitterling macho nada sobre o mexilhão e lança seu esperma, que é sugado pelo tubo respiratório e vai fecundar os ovos dentro da câmara de guelras.

Os ovos desenvolvem-se em segurança dentro da casca do mexilhão, sendo banhados pela água que flui por suas guelras. Um mês depois, os jovens bitterlings saem nadando pelo tubo respiratório.

Os mexilhões desovam nessa mesma ocasião, e suas larvas pegam uma carona com os peixinhos até estarem prontas para se fixarem em algum lugar.

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Poucas espécies de peixes cuidam de suas crias, mas quando isso acontece é sempre o pai que se encarrega dos ovos.
Os ovos de peixes são geralmente fecundados fora do corpo. A fêmea desova e o macho fecunda os ovos mais tarde, quando ela já saiu.
Os esgana-gatos agem assim. A fêmea põe os ovos no ninho construído pelo macho e abandona-os e, daí em diante, o macho cuida deles sozinho. Ele esguicha água sobre os ovos para oxigená-los, conservando-os limpos e defendendo-os de predadores.
As vezes, mais de uma fêmea coloca ovos no mesmo ninho.
Ao que parece, as fêmeas dos esgana-gatos preferem acasalar com machos que já estão cuidando de ovos, pois eles passarão mais tempo protegendo os filhotes e menos tempo cortejando novas fêmeas.
Os machos Esgana-gatos de Três-espinhos, quando encontram um rival ou uma ameaça, se exibem um ao lado do outro com os espinhos levantados e pescoços vermelhos.

Tralhotos

Pousado num galho sobre um rio, o martim-pescador está de olho em um peixinho logo abaixo e prepara-se para mergulhar.
De repente, surgem trinta peixes na superfície, seguindo em diferentes direções. Assustado com a confusão, o pássaro hesita e o momento é perdido, e os espertos quatro-olhos fogem.

Essel peixe quatro-olhos, conhecido no Brasil como tralhotos, tem uma visão que lhe permite ver acima da água para proteger-se de predadores, procurando ao mesmo tempo comida abaixo da superfície.

Na verdade, os tralhotos têm apenas dois olhos, cada um com dois cristalinos. Localizam-se no alto da cabeça, projetando-se acima da água enquanto o resto do corpo passa logo abaixo da superfície. Cada olho tem uma seção superior e uma inferior com seu próprio tecido externo (ou córnea) e uma tela de foco fotossensível (ou retina). O cristalino tem forma oval. Quando o peixe olha debaixo d’água, a luz atravessa o cristalino longitudinalmente, criando um boa visão de perto. Quando olha para fora d’água, a luz passa transversalmente pelo cristalino, dando-lhe uma boa visão à distância (como se fosse um desses óculos de lente bifocal).

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Peixes-discus

Os peixes-discus vivem muito bem em águas escuras, entre densa vegetação, na Amazônia.

Os peixes são belos animais, raros na cor, variados na forma e contorno, vivos e graciosos em seus movimentos e fascinantes no seu comportamento.

Considerados como um dos mais bonitos peixinhos de aquário são também os mais resistentes.

Quando em liberdade, certo número de espécies coexistem, pois cada uma se alimenta a uma certa profundidade – alguns na superfície, alguns a meia profundidade e outros junto ao chão.

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A taxa de crescimento do Barbo lata-de-estanho  é bastante alta.

Esses simpáticos peixinhos coloridos, os neon tetras, também são fáceis de manter em aquário, porém muito difíceis de reproduzir.

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O Guppy, ou Lebistes Reticulados, é o mais popular dos peixes de aquário, sendo robusto e prolífero além de resistente.

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O Gurami de três manchas (abaixo) também é fácil de manter e criar em aquário.

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Ciclídeos arco-íris, bonitinhos e pacíficos.

Entre os peixes que vivem na superfície, há os peixes de cara bicuda, como o prateado na foto abaixo.

Note que o formato do seu corpo é adaptado para que ele possa se alimentar junto à superfície da água.

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Quem gosta de aquário com certeza não vai querer este peixinho,o Arawana, pois ele devoraria todos os outros rapidinho.

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Peixes que constroem abrigos na areia

Os machos de algumas dessas espécies de ciclídeos constroem um abrigo na areia para os ovos, na esperança de que a fêmea se impressione o suficiente para colocar ali seus ovos.
A altura desses abrigos varia de 4 a 15cm ou mais. Alguns são verdadeiros castelos de areia medindo 3m, de uma extremidade à outra.
Os machos da mesma espécie constroem seus abrigos próximos uns dos outros, em uma das áreas onde irá ocorrer o ritual da corte. Isso permite que as fêmeas inspecionem todos os abrigos e selecionem um parceiro para acasalar. Se a fêmea for atraída pelo abrigo, porá seus ovos nele e depois irá embora carregando os ovos fecundados na boca.

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O Peixe-folha é uma espécie interessante, mas não é adequado para viver com outros, num tanque pois pode devorar presas que medem até três-quartos do seu próprio comprimento.

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Fica de tocaia entre as ervas ou pedras, completamente camuflado pela sua cor e forma de folha. Quando um peixe menor fica ao alcance, o Peixe-folha desliza do seu esconderijo. Numerosos bocejos revelam que o peixe-folha já se alimentou.

Note que este peixe tem parte da boca transparente.

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Piranha

Bem conhecida pelos seus dentes afiados e natureza sanguinária, é a Piranha.

Tem uma cabeça grande, para acomodação dos músculos poderosos da mandíbulas.

As mandíbulas da piranha são tão afiadas que podem cortar um pedaço de carne como se fosse um bisturi.

No aquário, a Piranha Vermelha pode ser bastante tímida, porém não convém testá-la com o próprio dedo…

Quando em liberdade, as piranhas caçam em hordas (grandes grupos) e podem reduzir, em poucos minutos, um grande corpo a esqueleto.

Dizem os habitantes das margens dos rios onde há piranhas, que elas só atacam se houver sangue na água, podendo uma pessoa sem ferimentos nadar sem medo.

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Tentando parecer maior

Os peixes machos que lutam pela conquista de espaço territorial, raramente se ferem porque seus recursos de ostentação são postos em ação.

O peixe mais fraco, geralmente reconhece que a prudência é o melhor a fazer, e por isso se retira de cena.

Muitas pompas fazem com que o peixe pareça maior, mais forte e feroz do que realmente é.

O macho Sailfin Molly expande sua grande nadadeira dorsal e tenta assustar assim seu rival, com seu tamanho.

Entre peixes de cardume a exibição da nadadeira dorsal é usada por um peixe pequeno, quando nada perto de outro maior.

É como se o peixe menor estivesse com medo de ser ameaçado, devido ao seu tamanho, e por isso tenta parecer maior.

Os briguentos

O Jack Dempsey, que foi assim batizado em homenagem ao famoso lutador de box, é um dos mais agressivo ciclídeos.
Os machos rivais inicialmente se exibem lado a lado com as nadadeiras elevadas e intensificação da cor.

Se nenhum dos dois dessitir eles dão voltas, um ao redor do outro, e finalmente se agarram pela boca numa demonstração de força.

Rivais do mesmo porte podem entrar em luta, puxando a boca durante horas até que um deles desista.

Peixes mais velhos combatem por espaço, nadando um ao lado do outro, com a boca aberta numa disputa de empurra-empurra lateral.

Esta espécie cresce rapidamente, é muito animada e irrequieta.

Um outro peixe conhecido pela fama de briguento é o peixe siamês de briga, muito utilizado em aquários por causa da belesa de suas nadadeiras.

Peixes de briga (como o Barbo Tigre da foto abaixo) nadam um ao lado do outro, batendo suas caudas. Esta parte da luta é chamada de batida-de-cauda.

Os peixes não batem nas caudas de verdade, só atiram uma onda de água, um no outro, geralmente com tanta força a ponto de fazer com que o outro perca o equilíbrio e as plantas fiquem se movendo.

O uso de jato d’água é um modo adicional pelo qual os peixes se comunicam.

Por exemplo, peixes de cardume mantêm suas distâncias individuais com os outros membros próximos do cardume, não só para ver outros peixes, mas também para avaliar sua proximidade. A maioria dos peixes é muito sensível às mudanças de pressão de água, sendo esta sensibilidade uma função da linha lateral (um canal sob as escamas que pode ser vista como uma linha penteada de pequenos poros, que fazem uma curva, da cobertura da guelra até a cauda). Quando uma onda atinge um peixe, equivaleria para nós a um golpe de vento.

Além de detectar as pressões da água, a maioria dos peixes pode também ouvir ondas sonoras transmitidas através da água. Como outros animais vertebrados, eles têm um ouvido interno. Membros da família das carpas, à qual pertence o Barbo Tigre, têm um sentido de audição bem desenvolvido, a ponto de afirmar-se que é tão boa, em algumas espécies, quanto a dos seres humanos. Os peixes não tem cordas vocais, porém muitos podem produzir grunhidos e guinchos.