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Alimais Luminosos

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Hoje vamos falar sobre alimais luminosos.

De vaga-lumes a bactérias, uma grande variedade de espécies desenvolveu a capacidade de reproduzir luz própria a partir de processos químicos. Os motivos para esse comportamento vão desde a defesa contra predadores até a necessidade de atrair pares para acasalamento.

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Muitos mistérios ainda envolvem as funções da bioluminescência e as consequências relacionadas a ela.

Trata-se de uma função exercida pela enzima luciferase, que, ao oxidar a proteína luciferina, emite fótons de luz.

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Na fotossíntese, os fótons são absorvidos e sua energia é estocada na forma de ligações químicas de compostos orgânicos, enquanto na bioluminescência as ligações desses compostos são quebradas (por oxidações semelhantes às que ocorrem na combustão), com emissão de fótons.

Nos animais marinhos, por conta do ambiente em que vivem, a cor mais frequente na bioluminescência é o azul, seguida pelo verde, violeta, amarelo e laranja. Mas eles também emitem outros espectros de cor, muitas vezes imperceptíveis ao olho humano.

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A defesa contra os predadores é a função mais comum desse comportamento. Alguns animais como crustáceos, medusas, lulas e peixes chegam a produzir partículas ou nuvens luminosas que servem para despistar ou cegar o predador.

Outros animais ainda usam essa tática como camuflagem.

A bioluminescência serve também para conseguir alimento ou para achar um par – por meio da irradiação de raios de forma sincronizada entre macho e fêmea.

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A atração fatal

Caçar uma refeição consume muita energia, logo não é de admirar que alguns predadores desenvolvam abordagens mais sutis, seduzindo as presas ao seu alcance.

O peixe-pescador com corpo coberto de bulbos, é encontrado em muitos oceanos; ele camufla-se bem com filamentos de pele que se parecem com ervas.

Na nadadeira dorsal, um dos raios das barbatanas é separado, formando uma longa haste com tiras coloridas.

Quando o peixe-pescador balança essa barbatana em forma de bandeira, os peixes menores são atraídos por ela.

Quando um deles está prestes a abocanhá-la, o peixe-pescador puxa sua vara de pescar e suga o peixe com sua enorme boca.

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Nobel

A bioluminescência já gerou tanta discussão que rendeu o Prêmio Nobel de Química, em 2008, a pesquisadores que estudaram as proteínas fluorescentes.

A honraria foi concedida após as experiências dos cientistas ajudarem no desenvolvimento de células nervosas que combatem o alastramento de tumores e a progressão do mal de Alzheimer no cérebro.

Assim como as proteínas, diversas bactérias bioluminescentes podem contribuir para a melhor observação de fenômenos microscópicos.

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